Mais uma tarde de depoimentos frustrados na Superintendêndica Regional da Polícia Federal. Dois envolvidos na Operação Caixa de Pandora eram esperados para esta segunda-feira (1;/2). Mas o ex-assessor de imprensa do governo, Omézio Pontes, se reservou o direito de ficar calado, e o ex-assessor da Secretaria de Educação, Adaílton Barreto, não compareceu.
Durou apenas 15 minutos o depoimento de Omézio Pontes. O jornalista chegou à PF antes do horário da oitiva, marcada para 14h30. Ele entrou superintendência por volta de 13h40, mas não acrescentou nada às investigações. O advogado do jornalista, Thomaz Oliveira, repetiu que ele só vai falar após ter acesso aos laudos do inquérito.
Oliveira informou que deu entrada no Superior Tribunal de Justiça no dia 29 de janeiro, pedindo os autos do processo. A defesa alega que o ex-assessor de imprensa precisa ter acesso às escutas e gravações para, só então, se pronunciar.
Previsto para as 15h, o depoimento do ex-assessor da Secretaria de Educação, Adaílton Barreto, não aconteceu. Em vez dele, dois advogados compareceram à superintendência da PF e entregaram um atestado médico, cujo teor ainda não foi divulgado. Não há previsão de novas datas para nenhuma das duas oitivas.
Acusação
Omézio Pontes aparece em dois dos vídeos que desencadearam, em 27 de novembro, a Operação Caixa de Pandora, que denunciou o suposto esquema de corrupção na cúpula do Governo do Distrito Federal. Nas imagens, o ex-assessor de comunicação do GDF aparece recebendo dinheiro de Durval Barbosa, ex-secretário de Relações Institucionais do DF responsável pelas denúncias do caso ao Ministério Público
O ex-assessor da Secretaria de Educação Adaílton Barreto também é acusado de envolvimento no esquema. Em 28 de novembro, ele teria prestado depoimento à Polícia Federal em que confirma ter recebido R$ 60 mil do ex-assessor de Relações Institucionais. O secretário de Educação afastado, José Luiz Valente, diz desconhecer a relação de ambos.