O diretor-presidente da Info Educacional, Alexandre Assis Tavares, chegou a Polícia Federal pouco antes das 14h para prestar depoimento. Ele saiu por volta das 15h, sem falar com a imprensa. A empresa dele é acusada de pagar propina para manter contratos com a Secretaria de Educação do DF. Assis é visto em um vídeo no qual retira os maços de dinheiro de uma pasta preta para entregar a Durval Barbosa. De acordo com o inquérito da PF, metade do dinheiro, R$ 60 mil, seria destinada ao ex-secretário José Luiz Valente, afastado do cargo em 27 de dezembro. Os outros R$ 60 mil seriam divididos entre o chefe de gabinete do governador, Fábio Simão, e o assessor da secretaria de Educação, Gibrail Gebrim.
Nesta quinta-feira (28/1) quem prestará depoimento na PF é o jornalista Edson Sombra. Ele é um dos principais responsáveis pela delação premiada de Durval Barbosa. Em setembro do ano passado, ele levou o então secretário de Relações Institucionais do DF ao Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) para que registrasse em depoimento as acusações de corrupção no governo Arruda que motivaram a Operação Caixa de Pandora.
Depoimentos
O dono da empresa CTIS, Avaldir da Silva Oliveira, um dos depoentes desta manhã, chegou à Superintendência da PF por volta de 8h30 e saiu sem falar com a imprensa por volta das 10h50. A PF ainda não divulgou detalhes do depoimeto dele. A empresa dele, a CTIS, foi citada pelo ex-secretário de Relações Institucionais do governo, Durval Barbosa, como uma das que participavam dos supostos fatos em apuração. Nesta segunda-feira (25/1), no entanto, o empresário ajuizou um hábeas corpus, no Supremo Tribunal Federal (STF) para garantir seu direito de permanecer calado, tanto no depoimento desta manhã, como em todas as outras vezes que for chamado para tratar do inquérito.
O outro depoimento desta manhã foi o de Nerci Bussamra. Ela, que chegou à PF por volta de 9h20, é mostrada em um vídeo entregando a Durval Barbosa uma sacola com dinheiro. Na gravação, Nerci acusa o PPS de chantageá-la e cobrar propina para manter um contrato da Secretaria de Saúde, comandada à época pelo deputado Augusto Carvalho, filiado ao partido. Ainda segundo o diálogo gravado, parte do dinheiro teria sido destinado ao presidente da legenda, o ex-deputado Roberto Freire (SP). Nerci também não falou com a imprensa.
Com informações de Luísa Medeiros