Das 492 equipes eleitas na rede pública de ensino - no dia 2 de fevereiro - uma não tomará posse nesta quinta-feira (7/1). Os gestores da Escola Classe 02 de Vicente Pires, Luciano Marim Bogalho e Erica Nanini Lopes, que ganharam a eleição de diretor e vice respectivamente, não tiveram a eleição reconhecida por serem marido e mulher.
A alegação da Secretaria de Educação é que seria considerado nepotismo. Os educadores, então, entraram na justiça e conseguiram parecer favorável a eles. O processo de eleição é realizado em três etapas: prova de conhecimento de gestão escolar e análise de títulos (realizadas pelo CESPE - Centro de Seleção e de Promoção de Eventos da UnB-Universidade de Brasília); elaboração e apresentação à comunidade, em audiência pública, do plano de trabalho; eleição pela comunidade escolar (podem votar pais, professores, servidores e estudantes acima de 16 anos).
Luciano Bogalho diz que procurou assistência jurídica, antes das eleições, para saber se havia algum impedimento legal pelo fato dele e sua mulher concorrerem juntos. "Todos os pareceres foram favoráveis a nós, já que não são cargos de livre nomeação", explica. Ele diz ainda que cabe ao secretário de Educação fazer a nomeação e, portanto, não se enquadra na situação de nepotismo.
Durante a posse, que vai acontecer às 10h no Buritinga, parte da comunidade da escola vai à sede do governo se manifestar para que o resultado da eleição seja respeitado. A expectativa é que a decisão de quem tomará posse na direção da escola de Vicente Pires saia logo, já que as aulas no colégio vão ser iniciadas no dia 10 de fevereiro.