No último dia 18, o STJ determinou que a secretaria encaminhasse as planilhas referentes ao período de 2007 a 2009 com ordens bancárias, datas de pagamento e as contas bancárias dos beneficiados.
O governo do DF decidiu, no entanto, enviar os dados a partir de 2000, englobando governos anteriores ao de Arruda. No caso os mandatos de Joaquim Roriz e de Maria de Lourdes Abadia, então vice-governadora, que assumiu o cargo em 2006, quando o ex-governador saiu para concorrer a senador, cargo do qual renunciou para evitar uma possível cassação por suspeita de envolvimento em irregularidades.
O material protocolado segue para o gabinete do ministro que cuida do caso, Fernando Gonçalves, que está de férias e retorna ao trabalho no dia 1; de fevereiro, quando o Judiciário inicia os trabalhos de 2010.
A requisição dos documentos faz parte da investigação do STJ sobre as denúncias de distribuição de recursos ilegais do governo local a deputados distritais em troca de apoio político. De acordo com a Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal, a partir de informações do ex-secretário de Relações Institucionais do Distrito Federal Durval Barbosa, o dinheiro viria de empresas que prestam serviço ao governo local. Arruda é apontado como líder do suposto esquema e foi acusado de receber R$ 3 milhões de propina relativa a contratos com empresas de informática.