Jornal Correio Braziliense

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Bingo estourado no Taquari

Na casa, os policiais encontraram 11 máquinas de videobingo

Operação-surpresa realizada ontem pela 9ª Delegacia de Polícia, no Lago Norte, revelou a ousadia dos donos de bingos eletrônicos. Pela segunda vez em menos de três meses, equipes de investigadores da unidade policial encerrou as atividades de uma casa especializada em jogos clandestinos no Setor Taquari, entre a região do Colorado e o Varjão. A ação indicou que a exploração das máquinas de videobingo não estão limitadas aos municípios do Entorno. Os agentes organizaram a operação após um mês de investigações. Chegaram ao local, uma casa confortável e de muros altos no fim do asfalto do Taquari, por volta das 18h. Identificaram na área externa cinco carros com placas de Brasília. No interior, dez pessoas apostavam em 11 máquinas espalhadas pela garagem. Ainda chamou a atenção da polícia a preocupação com o conforto dos clientes. Havia uma cozinha para lanches e uma geladeira com cerveja, refrigerante e água mineral. Os investigadores tentam, agora, identificar o responsável pelo lugar - no momento do flagrante, só havia funcionários. Ainda não se sabe se é o mesmo do primeiro flagrante ocorrido três meses atrás, em que 12 máquinas acabaram apreendidas. O delegado-adjunto da 9ª DP, Marco Antônio de Almeida, informou que o proprietário será enquadrado na Lei de Contravenções Penais. "O bingo é ilegal e não há legislação que ampare essa prática. Tanto o dono quanto os apostadores respondem a processo", explicou. Pena e multas A pena prevista para quem explora jogos de azar varia de três meses a um ano de prisão. Os apostadores pagam multas, cujos valores são definidos pela Justiça. Entre as pessoas levadas para a delegacia, havia funcionários públicos e empresários. Os policiais também apreenderam dinheiro e cheques. Ainda não se sabia os valores até o fim da noite de ontem. Outras casas de videobingos nos arredores do Lago Norte são investigadas.