Os policiais civis do DF decidiram em assembleia na tarde desta sexta-feira (18), pelo fim da greve inciada no começo do mês. Os cerca de 1.000 policiais que votaram o fim do movimento no Parque da Cidade, devem voltar ao trabalho imediatamente.
Eles também optaram por não realizar a operação padrão. Em encontro ontem, entre o presidente do sindicado, Wellington Luiz de Souza, e 100 delegados sindicais - que representam a categoria nas suas respectivas unidades policiais -, os delegados votaram pela suspensão da greve com a condição de trabalhar em operação padrão. Ou seja: eles obedeceriam as normas da Polícia Civil e não realizam tarefas além do necessário.
A proposta do governo, de montar uma comissão especial para estudar os impactos do reajuste de 28,7% e articular o projeto com o governo federal, foi aceita pela categoria.
De acordo com os cálculos oficiais, as melhorias reivindicadas pelos policiais ; que pressionam para aumentar o salário médio dos policiais civis de R$ 11 mil para R$ 16 mil e dos delegados de R$ 19 mil para R$ 22 mil ; custarão R$ 473 milhões a mais nos recursos do Fundo Constitucional.
Os policiais reinvindicavam o encaminhamento do pedido de reestruturação da carreira dos policiais civis ao Poder Executivo federal. Entre os pedidos, está a mudança no prazo de ascensão da carreira. Atualmente, a ascensão funcional ocorre quando o agente tem dez anos de serviço na corporação. Atingido esse tempo, se não houver punições administrativas, os policiais da base da carreira passam à classe especial.