A Polícia Federal adiou a entrega do relatório da Operação Caixa de Pandora ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), que estava prevista para esta segunda-feira (14/12). O documento com os resultados das buscas e apreensões ocorridas na ação policial só deverá ser entregue na próxima quarta-feira. Segundo a assessoria de imprensa da PF, a equipe responsável pelo caso achou necessário fazer mais análises do material de investigação.
[SAIBAMAIS]Além dos resultados do trabalho e do material coletado, a PF deverá sugerir ao ministro do que preside o inquérito judicial, Fernando Gonçalves, novas diligências e a convocação de testemunhas. A equipe responsável pelo caso também pretende refazer o caminho dos R$ 700 mil recolhidos durante a operação, já que há a suspeita de que o dinheiro era de uma mesma fonte.
Em dois lugares alvo de buscas, policiais encontraram cédulas com números de séries sequenciadas. Os investigadores vão checar com o Banco Central para quais instituições financeiras os recursos seguiram e depois em que contas foram depositados. A PF também vai analisar possíveis impressões digitais nas cédulas.
Deflagrada no dia 27 de novembro, a Operação Caixa de Pandora apura um suposto esquema de corrupção envolvendo o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (atualmente sem partido), deputados distritais e empresários. No decorrer do escândalo, que ficou conhecido como mensalão do Democratas, partido ao qual pertencia o governador, o próprio Arruda, o presidente da Câmara Legislativa do DF, Leonardo Prudente (DEM), deputados da base aliada e empresários aparecem em vídeos recebendo dinheiro do ex-secretário de relações intitucionais Durval Barbosa, autor das denúncias.
Com informações de Edson Luiz.