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Governador Arruda pede desfiliação do DEM

O presidente do Democratas (DEM), deputado Rodrigo Maia (RJ), acaba de confirmar que o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), vai pedir desfiliação do partido até o fim da tarde. A assessoria do vice-governador do DF, Paulo Octávio, também anunciou a decisão do colega.

Arruda deixa o partido em função do escândalo do mensalão do DEM de Brasília, que teve início em 27 de novembro, quando a Polícia Federal deflagrou a operação Caixa de Pandora. No inquérito, o governador do DF é apontado como o comandante de um esquema de distribuição de propina a deputados distritais e aliados.

Em um video, Arruda aparece recebendo R$ 50 mil do seu ex-secretário de Assuntos Institucionais, Durval Barbosa. Autor das imagens, que também flagraram distritais, empresários e um assessor de Paulo Octávio dando e recebendo dinheiro para um suposto esquema ilegal de financiamento de campanha política, Durval só foi exonerado do cargo após a divulgação dos seus videos.

O líder do DEM no Senado, José Agripino (RN), havia afirmado nesta quinta que poderia pedir a expulsão sumária de Arruda caso o governador conseguisse uma liminar para suspender o processo que responde no partido.

Arruda acionou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ontem (9/12) pedindo a suspensão do processo alegando cerceamento da defesa. Mas a ministra Cármen Lúcia, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), negou na tarde desta quinta-feira o pedido. No processo, o advogado de Arruda, José Eduardo Alckmin, alegava falta de prazo para a defesa e, ainda, que a eventual expulsão seria ilegal, pois atentaria "contra o direito de ampla defesa".