Jornal Correio Braziliense

Cidades

Manifestantes devem trocar plenário por auditório da Câmara

Os manifestantes do movimento "Fora Arruda e toda a máfia" votam, neste momento, a possível troca de local na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). Eles se reuniram, por volta das 12h, com o presidente interino da Casa, Cabo Patrício (PT). No encontro, que durou cerca de 40 minutos, o distrital disse não abrir mão que o plenário seja desocupado ainda nesta segunda-feira (7/12). A opção, acordada com a comissão de negociação do movimento, é que o acampamento seja transferido para o auditório da CLDF.

Patrício tem pressa. Ele marcou para amanhã, às 10h, uma sessão extraordinária para votar três pedidos impeachment do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, e do vice-governador, Paulo Octávio. Dois deles foram aceitos na última sexta-feira. Um deles é o do advogado Evilázio Viana Santos. O outro é o do ex-deputado distrital Chico Vigilante (PT). O terceiro é o da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-DF), protocolado nesta tarde.

Hoje é o último dia do prazo dado pelo presidente interino, que faz de tudo para que a retirada seja pacífica. Na última sexta-feira, o Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDFT) concedeu liminar, a pedido de Patrício, ordenando a desocupação do prédio. A Justiça determinou que a Polícia Militar fosse convocada para executar a ação.

[SAIBAMAIS]Após muitas tentativas de consenso sem sucesso, é quase certo que logo mais às 17h, uma comissão procure Cabe Patrício com um resultado favorável ao que foi sugerido no encontro de hoje. Segundo o coordenador do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade de Brasília (UnB) e integrante do movimento, Yuri Soares, a maioria da executiva é favorável à proposta.

Entrave
O acordo de desocupação parcial, no entanto, pode difilcutar a votação. Na semana passada, os governistas se negaram a comparecer, alegando falta de segurança. Como eles são maioria, a sessão teve que ser fechada por falta de quorum.

Cabo Patrício defende o retorno imediato das sessões e da pauta de votações. Os manifestantes alegam que só saem quando os acusados de participação no esquema de corrupção forem cassados.