Assim que manifestantes invadiram a Câmara Legislativa do Distrito Federal, no início da tarde desta quarta-feira (2/12/), a maioria dos deputados distritais e seus assessores abandonou o prédio e não retornou ainda. Quase todos, pela porta dos fundos, onde fica o estacionamento privativo.
[SAIBAMAIS]Com medo de terem os gabinetes invadidos depredados, assessores retiraram as placas de identificação dos deputados envolvidos nas denúncias do suposto esquema de propina, detonado com a divulgação de imagens feitas por Durval Barbosa, ex-secretário do governo José Roberto Arruda.
A equipe do Correio encontrou no prédio somente os parlamentares Milton Barborsa (PMDB), Antônio José Reguffe (PDT) e os petistas Chico Leite, Erika Kokay, Paulo Tadeu e Cabo Patrício.
No momento, Erika Kokay e Paulo Tadeu negociam com os manifestantes a desocupação do plenário, onde estão cerca de 150 pessoas. Muitos, em cima da mesa destinada aos integrantes da direção da Câmara.
Os dois deputados tentam, ao menos, a desocupação temporária. Eles explicaram aos manifestantes que, para que a Casa faça a leitura dos pedidos de impeachment já protocolados, é necessário a desocupação do local para a sessão ordinária ser instalada.
Os manifestantes resistem e gritam palavras de ordem como "ocupar e resistir". Parte dos manifestantes são estudantes da Universidade de Brasília (UnB) e de colégios da rede pública de ensino do DF. Eles rechaçam, inclusive, a participação dos partidos políticos no movimento.