Após decidir sozinho que o governador do Distrito Federal terá direito a oito dias para apresentar defesa em relação às denúncias de que seria, segundo inquérito da Polícia Federal, chefe de um suposto esquema de pagamento regular a deputados distritais e assessores, Rodrigo Maia afirmou que o DEM julgará o correligionário.
;É preciso que o partido assuma sua responsabilidade, ao contrário de outros, que jogam para debaixo do tapete;, afirmou Maia. ;[As denúncias] foram uma coisa muito ruim, de difícil defesa, que colocaram o partido numa crise difícil;, acrescentou.
Para o senador Demóstenes Torres (DEM-GO), autor do requerimento que pedia a cassação sumária de Arruda, faltou coragem ao partido para expulsar Arruda. De acordo com ele, a decisão de conceder um pequeno prazo para a defesa do governador do DF, em vez de melhorar a imagem do partido, poderá criar problemas judiciais à legenda.
;O relator terá um dia para preparar o parecer e isso não está no regimento. Se ele [Arruda], por exemplo, requerer uma perícia em uma fita, como só tem 10 dias, o relator vai indeferir. Indeferindo, será cerceamento de defesa;, argumentou Demóstenes.
Na avaliação do democrata goiana, a melhor alternativa seria expulsar Arruda do DEM e dar prazo para ele apresentar sua defesa. ;Se expulsar agora, dá o direito de defesa, quase como um afastamento cautelar. O relator teria 60 dias para fazer, lá na frente, a confirmação ou não da expulsão sumária que é prevista no regimento;, ponderou o senador.