Em um comunicado de quatro páginas lido ainda a pouco pelo governador José Roberto Arruda (DEM), o chefe do Executivo no DF negou que tenha movimentado dinheiro ilícito. Arruda é acusado de participar de um esquema de corrupção apontado pela Policia Federal na Operação Caixa de Pandora.
Segundo afirmou em seu pronunciamento, os recursos que aparecem nos vídeos gravados pelo ex-secretario de Relações Institucionais Durval Barbosa, foram "regularmente registrados ou contabilizados, como foram todos os demais itens da campanha eleitoral".
O governador alegou que, quanto ao diálogo gravado no dia 21 de outubro, "fica claro que o mesmo foi conduzido para passar uma versão previamente estudada". Segundo Arruda, a avaliação dos advogados é de que "há defeitos e resfriamento do aparelho de gravação" o que acabou, de acordo com o chefe da administração, por truncar e comprometer o sentido da conversa, inclusive, com a "desconfiguração" dos dados armazenados.
Arruda afirmou publicamente que não deixará o partido e seguirá no governo. Segundo ele, "agora livres dessa herança maldita do governo anterior". Arruda chegou ao salão verde da residência oficial de Águas Claras com um andador e o pé imobilizado em função de uma cirurgia que fez há alguns dias. Abatido, ele não respondeu a perguntas. O governador estava cercado por assessores e por dois de seus advogados.