A cúpula do Democratas está reunida na residência oficial do governador José Roberto Arruda, em Águas Claras, para ouvir as explicações do governante e do vice, Paulo Octávio, a respeito das denúncias de repasse ilegal de verbas para a "base aliada" apresentadas pela Operação Pandora, da Polícia Federal.
No encontro, estão presentes o deputado Rodrigo Maia (RJ), presidente do partido, os senadores Agripino Maia (RN) e Demóstenes Torres (GO), além dos deputados Ronaldo Caiado (GO) e ACM Neto (BA) e do governador Arruda e do vice Paulo Octávio. Em nota divulgada na madrugada de domingo (29/11), o partido afirmou que o governador deveria apresentar explicações "convincentes" a respeito das "graves" denúncias. Arruda é acusado de comandar um esquema de pagamento de propina, que envolveria secretários de governo, deputados distritais e empresários.
A situação do governador, que já vinha sendo alvo de investigação da Polícia Federal, ficou ainda mais complicada após a divulgação de um vídeo, onde ele apararece recebendo dinheiro do ex-secretário de Relações Institucionais Durval Barbosa.
Arruda ligou para os colegas da legenda nesse domingo, segundo o senador Demóstenes Torres (DEM-GO), para explicar que as imagens são de 2006, gravadas durante a campanha eleitoral. A quantia seria uma doação, registrada e assinada por Durval, e aprovada pela Justiça Eleitoral.
"Ele tem que apresentar provas, só a versão não resolve", disse o senador. Quanto a possibilidade de expulsão do governador na reunião desta segunda-feira (30/11), Demóstenes é claro: "a movimentação é para ouvi-lo. Não vamos lá nem para absolvê-lo, nem para condená-lo. Mas se ele não conseguir se explicar, seremos obrigados a tomar a medida extrema".