A investigação em torno do suposto esquema de corrupção no GDF envolve a elite do Ministério Público e da Polícia Federal. Nada mais que 24 procuradores ; sendo 21 deles em Brasília, um em Goiás e dois em Minas Gerais ; trabalham no caso, além da subprocuradora-geral da República, Raquel Elias Ferreira Dodge. Na PF, o número de agentes diretamente ligados à apuração não é revelado, mas três dos mais experientes delegados da área de inteligência atuam nas investigações, coordenadas diretamente pelo diretor da área, Marcos David Salem.
Juntamente com os procuradores José Roberto Santoro e Mário Lúcio Avelar, Raquel Dodge esteve na força-tarefa que apurou fraudes na Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), em 2002, onde também havia a suspeita de participação de servidores e políticos em desvios de dinheiro público. Na investigação que resultou na [SAIBAMAIS]Operação Caixa de Pandora, Raquel é a principal ligação entre o Ministério Público Federal e o Superior Tribunal de Justiça (STJ), responsável pela instauração do inquérito judicial.
Nos trabalhos operacionais da Diretoria de Inteligência Policial (DIP) da PF estão delegados que atuaram em operações de grande porte, como Satiagraha e Navalha. Nas duas, havia o envolvimento de servidores públicos, empresários e até integrantes do Judiciário. O grupo trabalha em uma sub-sede da PF no Sudoeste, longe do edifício-sede, justamente para não compartilhar informações secretas com outros funcionários da PF.