A ausência de 14% dos inscritos para a primeira fase de seleção para o cargo de delegado da Polícia Civil do Distrito Federal, que ocorreu nesta tarde, foi considerada baixa pela coordenação do concurso. Se inscrevereram, ao todo, 10.131 candidatos, mas 1.409 deixaram de comparecer ao horário marcado para o início das provas. Do total de inscritos, 65% eram homens e 35% mulheres.
As provas ocorreram nos colégios Sigma e Iesb na Asa Norte e Sigma e Unip na Asa Sul. Os aprovados nesta fase, composta de 80 questões, serão convocados para realização das provas discursivas em janeiro. O gabarito preliminar das provas objetivas será divulgado na terça-feira. Os candidatos concorrem a 11 vagas para contratação imediata e 46 para formação de cadastro-reserva. O salário é de R$ 13.368,00.
Segurança
Para evitar fraudes, a Polícia Civil montou uma operação com a participação de mil policiais e 200 viaturas. "Esse é um concurso muito esperado pelos candidatos e pela própria polícia. Por isso, a importância de ter uma logística bem estruturada para evitar qualquer prejuízo", afirma a diretora da Academia de Polícia Civil, Cláudia Alcântara.
"Não teve problema nenhum", contou o candidato Gabriel Martins Vieira de Menezes. Seu colega, Diogo Barbosa Silveira, elogiou a segurança. "Não poderia ser de outra forma, já que se trata de um concurso para delegado", observou.
De acordo com os candidatos, não foi permitida a entrada nos locais de prova com aparelhos eletrônicos. Logo na portaria dos colégios um enorme cartaz alertava os candidatos que o porte de armas era proibido. Quem estivesse de posse de uma arma deveria passar por uma sala de desmunização.
A preocupação tem uma justificativa. Em 2005, a Polícia Civil do Distrito Federal desarticulou uma quadrilha que fraudava concursos públicos em todo o país. Ao todo, 110 pessoas foram presas envolvidas no esquema.