Mesmo com o surgimento de outros três suspeitos, que estão detidos em Correntina (BA), os investigadores da Polícia Civil ainda acreditam que Rami Jalau Kaloult, 28 anos, Alex Peterson Soares, 23, e Cláudio José de Azevedo Brandão, 38, sejam os principais envolvidos nas mortes de José Guilherme Villela, Maria Carvalho Mendes Villela e de Francisca Nascimento da Silva. ;Pode ter havido uma divisão (de objetos roubados dos Villela), mas o principal (grupo) está preso aqui;, explicou uma fonte da polícia ao Correio.
A tese policial se baseia justamente na principal prova encontrada até agora: a chave da porta do apartamento onde as vítimas moravam, apartamento 601/602 do Bloco C da 113 Sul. Ela estava no molho com outras chaves e foi encontrada pela equipe da 1; DP (Asa Sul) no chão do quarto de Alex, numa quitinete localizada na Vila São José, em Vicente Pires. Rami, que estava no cômodo naquele dia (3 de novembro), foi preso. Alex acabou detido no mesmo dia na casa de um irmão no Núcleo Bandeirante.
De lá para cá, a polícia obteve mais indícios da participação do trio nos assassinatos. Uma testemunha afirmou, em depoimento na 1; DP (Asa Sul), que Cláudio trabalhou há um ano e meio no apartamento dos Villela. Ele e outros operários fizeram serviços de reparo no imóvel das vítimas. Os policiais acreditam que ele pode ter se aproximado de Francisca nesta oportunidade.
Por sua vez, o envolvimento do suspeito com a empregada do casal assassinado é outra evidência que a polícia tenta comprovar. Embora a família dela negue que Francisca teve qualquer relacionamento, uma outra empregada dos Villela disse ao Correio que ouviu dela uma vez que iria ver o namorado no centro de Taguatinga. O encontro ocorreu, segundo a mesma testemunha, em um sábado. Além disso, Alex também confirmou à polícia, em depoimento, que sabia do envolvimento dos dois. Foi o que afirmou para o Correio o advogado do próprio Cláudio, Nivaldo Pereira da Silva.
Prisão
A semana promete ser marcada por disputas judiciais. Pelo lado dos acusados, o advogado de Cláudio garantiu que irá ingressar com dois pedidos: vai requerer a anulação da prorrogação da prisão temporária do seu cliente ; que o Tribunal do Júri de Brasília prorrogou por mais 10 dias ; e, caso não consiga, tentará, ao menos, diminuir o tempo de Cláudio na prisão. ;A prisão do meu cliente venceu na terça-feira (17 de novembro). A prorrogação só saiu no dia seguinte. Portanto, meu cliente já estava livre;, explicou. ;E pelo meu entendimento, o juiz só poderia prorrogá-la pelo mesmo tempo em que foi determinado anteriormente, ou seja, por mais cinco dias e não 10 (dias), como ocorreu;.
Mas o diretor do Departamento de Polícia Circunscricional (DPC), André Victor do Espírito Santo, não vê dessa forma. ;A prisão (temporária) venceria mesmo na quarta-feira. Pois ela só começa a valer no dia seguinte;, explicou Victor. Cláudio foi preso em 13 de novembro.