O preço dos combustíveis deve sofrer mais um aumento nos próximos dias. Por meio de nota, o Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis Automotivos e de Lubrificantes do Distrito Federal (Sinpetro-DF) informou que as distribuidoras repassaram entre os dias 1; e 16 de novembro um novo valor para os postos. O álcool subiu R$ 0,11 e a gasolina, R$ 0,03. O presidente do sindicato, José Carlos Ulhôa, não quis dar entrevista, mas disse que o repasse do valor às bombas pode ocorrer a qualquer momento e seguindo as regras do mercado.
[SAIBAMAIS]Esse será o terceiro aumento nas bombas em menos de 30 dias. No início de novembro, os preços do litro do álcool e da gasolina subiram, em média, R$ 0,13 e R$ 0,05. No dia 22 de outubro, os dois combustíveis já haviam amanhecido mais caros em vários pontos da cidade. O álcool teve um acréscimo médio de R$ 0,14 (7,5%). A gasolina, R$ 0,08 (3%).
O Sinpetro atribuiu os constantes reajustes a dois motivos: o período chuvoso, que puxou os novos valores do álcool, e o aumento praticado pelas distribuidoras. Mas, em matéria publicada no último dia 7, o Correio mostrou que, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), os donos de postos aumentaram os preços na mesma semana em que compraram o produto mais barato das distribuidoras.
José Carlos Ulhôa, no entanto, não confirma esses dados. Segundo o presidente do Sinpetro-DF, os números da tabela publicados no site da ANP estão defasados.
Para analisar se os valores cobrados no DF são abusivos, há duas semanas a Secretaria de Direito Econômico (SDE), órgão vinculado ao Ministério da Justiça, instarou um processo administrativo. Técnicos da secretaria também vão apurar a existência de um possível cartel nos postos de combustíveis, ou seja, se os empresários do setor combinam os preços repassados aos motoristas.
Apesar dos dados divulgados pelo Sinpetro-DF, o presidente da rede de postos Gasol, Antônio Matias, afirmou que não há previsão de aumento nos combustíveis. A rede é a responsável por cerca de um terço dos postos do DF.
Colaborou Gabriela Lima.