Jornal Correio Braziliense

Cidades

Exame de DNA dos cadáveres do casal carbonizado no Gama dá negativo

Material genético nada tem a ver com o sangue encontrado no veículo de um dos suspeitos de participação no triplo homicídio

Depois do resultado negativo do exame feito no carro de um homem preso há mais de um mês, para saber se o sangue encontrado no porta-malas era de uma das três vítimas assassinadas, o Instituto de Pesquisa em DNA Forense (IPDNA) concluiu mais um laudo elaborado a partir da mesma prova coletada. O material biológico no veículo do suspeito identificado apenas pela inicial D. também não faz parte da sequência genética dos corpos carbonizados de um casal, descobertos no Gama.

[SAIBAMAIS]Adolfo de Jesus Carvalho, 24, e Marcela Lorena do Nascimento, 18, moravam perto da casa de Francisca Nascimento da Silva, que foi assassinada, com o casal José Guilherme Villela e Maria Carvalho Mendes Villela, no dia 28 de agosto, dentro do apartamento 601/602 do bloco C da SQS 113. No total, os três levaram 73 facadas. As duas vítimas estavam desaparecidas desde 29 de agosto, um dia depois da morte dos Villela e da empregada. Os cadáveres foram achados em um terreno atrás do presídio ferminino do Gama.

Os corpos do casal foram exumados para análise no IPDNA. A intenção da chefe do inquérito que investiga o crime na 113 Sul, delegada Martha Vargas, era saber se o DNA deles conferia com o do sangue achado no carro de D., porque havia uma informação, em Santa Maria, de que Adolfo e Marcela estariam vendendo joias. A morte deles significaria queima de arquivo. Mas o resultado, que o Correio obteve com exclusividade, foi negativo.

Assim, foi praticamente descartada a participação de D. e A. ; também identificado pela inicial do nome ; no crime da 113 Sul. Já que a prisão de A. se fundamentava no fato de ter sido arrolado como suspeito de participar do triplo homicídio juntamente com o primo, D, ele acabou liberado. Porém, seu parente continua preso, porque é acusado de clonagem de veículo e pistolagem. A polícia afirmou que D. também faz parte da organização criminosa conhecida como Primeiro Comando da Capital (PCC).

Apesar de a delegada Martha Vargas não ter comparecido à 1; Delegacia de Polícia (Asa Sul) durante o dia de ontem, ela fez diligências na noite de sábado. O objetivo seria colher mais provas para concluir as investigações sobre o crime. É possível que outro suspeito de participar do triplo assassinato seja preso nas próximas horas.