Jornal Correio Braziliense

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Cerca de 560 mil pessoas passaram pelos seis cemitérios do DF

Cerca de 560 mil visitantes passaram pelos seis cemitérios do Distrito Federal ontem para lembrar os entes queridos no Dia de Finados. A movimentação começou no sábado. Durante o fim de semana, 240 mil pessoas anteciparam suas saudações para evitar os transtornos da data em que os cemitérios são mais frequentados no país. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) havia previsto chuva, mas o feriado prolongado foi de sol.
[SAIBAMAIS]No maior cemitério da cidade, o Campo da Esperança, localizado no final da Asa Sul, a movimentação foi a maior registrada durante os três últimos dias. Desde sábado, passaram por lá cerca de 296 mil pessoas - 208 mil só ontem. Os arredores do cemitério ficaram cheios de carros. Os gramados do Setor Policial Sul e o estacionamento 6 do Parque da Cidade foram tomados pelos automóveis, que também lotaram o estacionamento do próprio Campo da Esperança. Apesar da intensa movimentação de veículos, nenhuma ocorrência de trânsito foi registrada.
Na Asa Sul, o tráfego foi controlado por policiais do Batalhão de Trânsito (BPTran). Em Taguatinga, o acesso de veículos ficou sob responsabilidade de 12 equipes do Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF), com dois agentes cada. Nas demais cidades, a Polícia Militar atuou com apoio logístico do Detran. Para evitar tumulto e facilitar o acesso dos visitantes, a entrada de veículos nos cemitérios foi proibida, exceto para idosos e deficientes. Para chegar aos túmulos mais distantes, a população contou com vans que fizeram o transporte gratuito. O GDF também montou postos de primeiros socorros e banheiros químicos.
Maria Adersina da Silva, 65, chegou cedo ao Campo da Esperança para cuidar do túmulo que abriga o pai, uma irmã que morreu há cinco anos e um neto. ;Sempre venho ao cemitério cuidar do jazigo, mas Finados é um dia especial. É o dia deles;, comentava a aposentada, enquanto acompanhava a faxina no túmulo dos parentes. ;Costumo vir com meu marido. Passamos em torno de uma hora por aqui, rezando. Mais tarde devem vir mais parentes;, disse, por volta das 8h, antes de se dirigir à sepultura de um irmão morto há 10 meses, de onde partiria para visitar ;a casa de um compadre e um cunhado;.
Mais visitados
Entre os túmulos mais visitados estava o da menina Ana Lídia, que foi encontrada morta próximo ao Colégio Madre Carmem Salles (604 Norte) em setembro de 1973, quando tinha 7 anos ; há quem acredite que ela realiza milagres. Perto do cruzeiro que fica no centro do cemitério, as homenagens foram para Maria Clara Del;Isola, morta em dezembro de 2004 por empregados em sua casa, no Lago Sul, quando tinha 19 anos. O Movimento Maria Cláudia Pela Paz organizou uma caminhada em direção ao túmulo da moça e de parentes de outras pessoas que se solidarizam com a família de Maria Cláudia.