Jornal Correio Braziliense

Cidades

Assaltantes abordam taxista, que reage e acaba ferido

Um taxista foi vítima de um assalto na noite desta terça-feira (27/10). O trabalhador chegou a ser ferido no ombro quando parou em frente ao posto da Companhia de Policiamento Rodoviário (CPRv). Ele passa bem. Os três assaltantes foram detidos em flagrante e encaminhados à 29; Delegacia de Polícia (Riacho Fundo).

De acordo com o delegado chefe, Vicente Francimar de Oliveira, Marilson Coelho dos Santos, de 36 anos, conduzia o táxi, um Fiat Siena, pela Candangolândia quando, na via de acesso ao Núcleo Bandeirante, foi parado por três homens que o mandaram seguir para o Gama. Logo no início da viagem, segundo o delegado, os dois homens que haviam sentado no banco de trás, Robson Ramos Santos, de 20 anos, e Alessandro Coelho Pimenta de Brito, 21, armados, anunciaram o assalto e, em seguida, tomaram o celular do taxista.

A vítima, sabendo que a DF-001 também dá acesso ao Gama, e tem um posto policial, optou pelo caminho. No entanto, quando os homens viram o posto, segundo depoimento do taxista, eles o advertiram para que seguisse adiante, mas a vítima continuou em direção ao posto, quando Alessandro efetuou um disparo em sua direção, que atingiu o ombro. Robson também tentou atirar no condutor do táxi, mas a arma falhou.

O soldado Gilcemar de Azevedo, do posto da CPRv da DF-001, contou que o motorista derrubou os cones, parou o veículo e desceu do carro gritando que estava baleado e tinha sido vítima de assalto. Robson, Alessandro e o pai dele, Ailton Coelho de Brito, de 49 anos, que estava no banco do passageiro, foram presos em flagrante. As armas utilizadas no assalto, dois revólveres calibre 38, também foram apreendidos.

Os envolvidos foram encaminhados à 29; DP, onde apenas Alessandro prestou depoimento ; os outros dois preferiram permanecer em silêncio. De acordo com o delegado Vicente, o rapaz alegou que eles só queriam uma carona até o Gama e que o motorista seria liberado em seguida.

No entanto, o delegado disse não acreditar na afirmação do acusado isso porque o jovem e o pai possuem várias passagens por crimes graves. Conforme os registros, ambos já foram presos por vários roubos, homicídios, tráfico de drogas e lesão corporal. Robson responde ainda a um inquérito por porte ilegal de arma de fogo e receptação.

Segundo o delegado, embora apenas Alessandro tenha disparado contra o taxista, todos foram autuados por tentativa de latrocínio ; roubo seguido de morte. Isso porque, como explica Vicente, ;existe uma regra no Código Penal em que quem concorre para um crime incide nas penas a ele combinadas;. O crime prevê uma punição de 20 a 30 anos de reclusão.

O delegado ainda afirmou que não significa que todos pegarão a mesma pena. ;Cabe ao juiz decidir. Aqui na delegacia entendemos que todos deveria ser julgados pela tentativa de latrocínio, mas isso é uma questão subjetiva e pode sofrer alteração;.

Risco
O delegado da 29; DP ressaltou que a atitude do taxista não é recomendável. ;Ele se submeteu a um risco muito grande;. A melhor forma seria seguir orientação dos assaltantes. ;Principalmente, quando sob a mira de uma arma;.