Jornal Correio Braziliense

Cidades

Sem acordo em reunião, greve dos servidores da saúde está mantida


A paralisação dos servidores da saúde do Distrito Federal ficou mantida para a próxima terça-feira, apesar da reunião na noite de ontem entre representantes da categoria e a Secretaria de Saúde. O secretário adjunto, Fernando Antunes, pediu a suspensão do movimento para a retomada das negociações, alternativa descartada pelos grevistas.

"Se depois de três meses de em negociação, não apresentaram nenhuma proposta ontem, não há porquê suspender o greve", justifica o presidente do Sindicato dos Empregados da Saúde (SindSaúde), Agamenon Torres. A categoria decidiu cruzar os braços alegando "discriminação" por parte do governo, que a deixou de fora de um benefício concedido à classe médica.



O GDF incorporou 50% da Gratificação de Atividades Médicas (GAM) ao salário dos profissionais de nível superior, o que resultou um aumento de cerca de 25%. Já a proposta de reajuste para servidores de nível básico e médio foi de 5,4%. "Não vamos aceitar a discriminação. Todos os trabalhadores merecem o mesmo reajuste", diz Torres.

Ambulatórios fechados
Com a greve, a população não terá atendimento em ambulatórios e centros de saúde. Apenas as emergências dos hospitais vão funcionar. Os técnicos atenderão os pacientes internados nas unidades de saúde e auxiliarão as cirurgias de [SAIBAMAIS]urgência. "Não deixaremos ninguém morrer por falta de atendimento, mas só vamos voltar às atividades normais após recebermos benefício semelhando ao dos médicos", explica o presidente do sindicato.

A Secretaria de Saúde informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que vai manter o canal de negociação permanentemente aberto, mesmo com a paralisação. Disse ainda que entende a demanda dos servidores, acha justa, mas tem que ser criteriosa, para não extrapolar o orçamento ou ferir a lei de responsabilidade fiscal.