Ativistas da Organização Não Governamental (ONG) ambiental Greenpeace fizeram, na manhã desta quinta-feira (15/10), em Brasília, um ato contra a liberação comercial do arroz transgênico da Bayer no Brasil. O protesto ocorreu durante reunião da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), responsável pela análise do pedido de liberação.
O arroz seria o primeiro transgênico a ir direto para o prato do brasileiro, já que 100% do cultivo é destinado à nutrição humana, segundo o coordenador da campanha de transgênicos do Greenpeace, Rafael Cruz. Diferente da soja e do milho (cujo plantio de variedades geneticamente modificadas já é permitido no país), que tem boa parte da produção destinada à alimentação animal. Rafael destaca que, se aprovada, essa medida será uma ameaça à biodiversidade e à saúde humana.
Fantaziados com tyvek, roupa utilizado por aplicadores de agrotóxicos em plantações, os 10 manifestantes seguravam uma faixa com a frase: "Dilma, veneno no meu prato não". Segundo Rafael estudos, estudos apontam que os transgênicos fazem aumentar o uso de agrotóxicos no campo.
O movimento apelou para a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, porque ela é a presidente do Conselho Nacional de Biossegurança. O CTNBio tem competência para liberar o plantio e a comercialização dos transgênicos, mas, no caso da contestação de um parecer, a palavra final caberá ao conselho.