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HRT é escolhido para projeto de excelência em atendimento cardiológico

O Hospital Regional de Taguatinga (HRT) vai se tornar hospital de referência em cardiologia no Brasil. A unidade está entre os 42 hospitais do Brasil escolhidos pelo Ministério da Saúde para participarem do projeto Bridge (Brazilian Intervention to Increase Evidence Usage in Practice), que tem o objetivo de melhorar a qualidade do atendimento às doenças cardiológicas. Os hospitais selecionados são vinculados ao Sistema Único de Saúde (SUS).

O convênio será oficializado nesta sexta-feira (9/10), entre a Secretaria de Saúde do DF e a Coordenação Geral de Urgência e Emergência do Ministério da Saúde, responsável pelo projeto. Membros do MS e profissionais do Hospital do Coração (HCor) de São Paulo e do Hospital Sírio Libanês farão uma visita técnica amanhã.

Os técnicos avaliarão os os pontos fracos do HRT, para firmar um atendimento de excelência, com mais agilidade e precisão. O treinamento de profissionais do corpo clínico é o próximo passo, e deve durar cerca de um ano.

O HRT, que já é considerado referência no atendimento aos pacientes com problemas cardíacos, será o primeiro hospital no DF a participar do projeto. De acordo com informações da Secretaria de Saúde, os hospitais do Gama, Paranoá e Ceilândia serão os próximos.


Mais médicos
Para o diretor do HRT, Joaquim Barros Neto, a participação no projeto é essencial para intensificar o atendimento. ;Vamos melhorar a capacitação, potencializando pessoas que já trabalham aqui;, avalia. Mas o diretor afirma que tenta, junto à Secretaria de Saúde, ampliar o número de cardiologistas.

Com o Bridge, profissionais do HRT terão contato direto com o Sírio Libanês e o HCor, tirando dúvidas e facilitando o estudo de casos. A comunicação será por teleconferências e online, além de outras visitas.

Barros Neto também destaca a contribuição do projeto para a produção científica e treinamento de estudantes. ;A comunidade acadêmica também vai se beneficiar com a discussão de casos;, completa. Como é viabilizado pelo Ministério da Saúde, o projeto não trará custos para a Secretaria de Saúde do DF.

Demanda alta
Joaquim Barros Neto se queixa da alta demanda recebida pelo HRT. De acordo com ele, somente 35% dos pacientes atendidos no pronto-socorro são de Taguatinga. Os outros vêm principalmente de Ceilândia, Samambaia, Recanto das Emas e Santa Maria.

Por mês, o hospital recebe cerca de 24 mil pacientes. O diretor acredita que 80% dos casos recebidos na emergência não são de urgência.

Para ele, é essencial ter também ambulatórios de referência, para que essas pessoas sejam encaminhadas para postos de atendimento, diminuindo o número de atendidos. ;Se melhorar o atendimento primário, que identifica o problema, o pronto-socorro também vai melhorar;, diz.