Diversas atividades promovidas pela Defensoria Pública da União (DPU) marcaram as comemorações do Dia Internacional do Idoso, hoje (1º) em Brasília. Os eventos realizados na estação central do metrô, na rodoviária, contaram com a participação de assistentes sociais, médicos e defensores públicos.
Foram incluídas na programação palestras sobre direitos previdenciários, alimentação e nutrição na terceira idade e tratamento de doenças como a osteoporose.
Quem compareceu ao local pode contar com serviços gratuitos de aferição da pressão arterial e teste de taxa de glicose no sangue.
Também foi distribuída uma cartilha, lançada hoje, para orientar as pessoas com mais de 65 anos a respeito de atendimento jurídico gratuito e cidadania.
Segundo a defensora pública da União, Fabiana Bandeira de Faria, a lei do idoso, editada em outubro de 2003, representa um avanço significativo para garantir o cumprimento dos direitos na terceira idade tanto na área de saúde quanto no que se refere à previdência social, educação, cultura, ao lazer e aos transportes.
Idosos que participaram do evento reclamaram principalmente das dificuldades enfrentadas para locomoção no dia a dia.
"Existe falta de respeito. Sofremos discriminação principalmente nos ônibus, vans e até mesmo quando vamos atravessar as ruas", afirmou Teresinha Veloso, 70 anos.
Outra queixa entre os idosos é com relação aos motoristas de ônibus que não costumam atender ao chamado de idosos nas paradas. Os cidadãos que participaram das atividades receberam informações de que maus tratos e desrespeitos podem ser denunciados nas delegacias e na própria Defensoria Pública da União.
José Pinto Sobrinho, 84 anos, afirma que enfrenta, mensalmente, dificuldades financeiras. Ele afirma que sua situação só não é mais grave porque recebe remédios gratuitamente para tratamento de uma hérnia no estômago. Com salário de R$ 465, ele arca com todas as despesas da casa.
O Dia Internacional do Idoso também foi comemorado em outras unidades da Defensoria Pública da União espalhadas pelo país.