Jornal Correio Braziliense

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Bancários do DF farão passeata na próxima segunda-feira

Os bancários do Distrito Ferderal, em greve há dois dias, marcaram uma manifestação para a próxima segunda-feira (28/9). Com concentração às 14h, em frente a sede do Banco do Brasil, no Setor Bancário Sul, a passeata sairá pelo Eixinho até o Eixo Monumental, onde descerá para o Ministério da Fazenda, na Esplanada.

[SAIBAMAIS]Em frente ao ministério, a categoria participará de uma assembléia, para definir os próximos passos do movimento grevista. Funcionários de instituições públicas e privadas paralisaram as atividades desde ontem (24/9), por tempo indeterminado. Eles rejeitarem a proposta de reajuste salarial encaminhada pela Federação dos Bancos (Fenaban) na semana passada.

Nesta sexta-feira, os grevistas fizeram piquetes nas sedes dos principais bancos em Brasília. No prédio da Caixa Econômica Federal houve um princípio de confusão. Um segurança da Caixa se desentendeu com um dos manifestantes. O incidente ocorreu por volta das 10h, mas logo foi resolvido.

Por conta de uma decisão judicial, as agências do Bradesco funcionaram normalmente, diferente do que ocorreu ontem. No primeiro dia da greve, a adesão superou a expectativa do Sindicato dos Bancários do DF, que esperava uma paralisação de 50% bancos. Mas, no Plano Piloto, a maioria não funcionou. Os poucos que abriram as portas foram fechados pelos grevistas.

Além do DF, trabalhadores de Belo Horizonte (MG), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Porto Alegre (RS), Ceará, Acre, Rondônia, Espírito Santo e Piauí também aderiram à paralisação. Em todo o país, existem aproximadamente 450 mil bancários e 20 mil agências.

Movimento extra

Os correntistas que procuram atendimento conseguem realizar algumas operações apenas nos caixas eletrônicos. O sindicato que representa a categoria ainda não divulgou o balanço do dia, mas estima que a adesão nas redes pública e privada aumentou.

Por causa da paralisação, o movimento nas casas lotéricas aumentou. Pagamentos de contas e até saques em dinheiro podem ser realizados nesses estabelecimentos. Roger Benac, presidente do Sindicato das Empresas Lotéricas do DF (Sindiloterias-DF), explica que tradicionalmente o fluxo de pessoas aumenta entre 30% e 40%. "É a média. Isso sobrecarrega um pouco a nossa estrutura, mas sempre que tem greve em bancos isso acontece", completa. No DF, há 200 lotéricas.