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Em depoimento, bombeiro diz que a morte da ex-namorada foi acidental

O bombeiro acusado de matar a ex-namorada e professora de inglês Josiene Azevedo de Carvalho afirmou, em depoimento no Tribunal de Justiça do DF nesta manhã, que o tiro que acertou a cabeça da mulher foi acidental. Antônio Glauber Evaristo Melo, 42 anos, disse que a ex-namorada esbarrou com o cotovelo na arma, que estava engatilhada. Glauber alegou ainda que a intenção não era matá-la.

Antônio Glauber relatou que na noite do crime saiu para jantar com a ex-namorada. Segundo ele, Josiene escolheu o local, um restaurante mexicano na 215 Sul. Os dois teriam ingerido bebida alcoólica ; o bombeiro um pouco menos porque estava dirigindo.

Segundo o réu, questionado sobre o fato de não querer atender ou de supostamente estar com outra pessoa, Glauber apontou uma arma para si, que carregava sempre no interior do carro, e disse que cometeria suicídio. Em seguida, apontou a arma para a mulher e garantiu que também a mataria. Assustada, de acordo com a versão do réu, Josiene bateu o cotovelo na arma, que acabou disparando.[SAIBAMAIS]

O réu ainda contou que pensou em levá-la ao hospital, mas se deu conta de que Josiene já estava morta. Desesperado, procurou uma delegacia e se entregou.

Ameaças
O bombeiro confessou ter enviado por e-mail, dias antes do crime, uma foto dele com uma arma apontando para o rosto e, na outra mão, uma imagem dos filhos da vítima. Antônio Glauber ainda se defendeu dizendo que sempre andou armado, mas nunca ameaçou ninguém.

Desde o crime, Glauber faz tratamento psicológico e toma medicamentos para depressão. Ele diz não se lembrar de quase nada da noite do homicídio. O bombeiro ficou por 10 dias em uma clínica para tratamento logo após o ocorrido. Ele cumpre prisão preventiva.