O pedido de dissolução do diretório local do PMDB foi protocolado pelo deputado Laerte Bessa (DF), sob o fundamento de que a legenda fechou as portas para a candidatura de Roriz ao GDF em 2010. Bessa sustenta que o PMDB está fechado com a reeleição do governador José Roberto Arruda (DEM) e pretende impedir as pretensões políticas de Roriz no próximo ano. Filippelli afirma que ainda é muito cedo para uma decisão sobre candidaturas ao Executivo e aponta ser necessária a aprovação de qualquer proposta em convenção regional.
[SAIBAMAIS]A indicação de Mauro Lopes para a relatoria já era aguardada pelo núcleo rorizista e foi comemorada. Nas últimas semanas, Roriz visitou cada um dos integrantes da executiva nacional e se colocou como candidato ao governo. Na semana passada, em conversa com o presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer (SP)(1), Roriz até mesmo admitiu apoiar a candidatura de Filippelli ao Senado, em troca da garantia de que terá a legenda para concorrer ao GDF. Por enquanto, Filippelli não aceitou a proposta.
A briga no PMDB do Distrito Federal tem desagradado à bancada do partido na Câmara que, em grande parte, mantém uma relação mais estreita com Filippelli, que é presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa. Roriz, no entanto, também tem boa relação com alguns integrantes da executiva nacional e já prestou muitos favores políticos à cúpula do PMDB em seus quatro mandatos como governador.
1- Presidência
O Michel Temer (SP) é o presidente eleito do PMDB, com mandato até 31 de outubro. Ele se afastou do comando do partido em janeiro para assumir a presidência da Câmara dos Deputados. Mas mantém influência nos rumos da legenda. Há uma possibilidade de renovação do mandato sem nova eleição.