O Lago Sul completa 49 anos no próximo domingo (30/8). Para falar sobre os problemas e conquistas da região, o administrador do Lago Sul, Paulo Afonso Zuba, conversou com a equipe do CorreioBraziliense.com.br. O engenheiro eletricista, natural de Montes Claros (MG), conta ainda os detalhes dos três dias de comemoração do aniversário do bairro.
Como começou a sua relação com o Lago Sul? Eu cheguei em Brasília em 1977 e moro no Lago Sul há 24 anos. Eu morei 14 anos na QI 19 e moro há 10 anos na QI 3, ao lado da administração. É um up grade na qualidade de vida poder morar, trabalhar e se divertir nesse bairro. É o melhor dos mundos.
Como o senhor recebeu o convite para administrar o bairro?
Foi uma surpresa. Após as eleições, eu tive uma conversa com o governador Arruda e me disponibilizei a contribuir com o governo. Depois quando recebi o convite fiquei muito honrado em poder ajudar o meu bairro com meu trabalho e minha experiência.
Um das queixas que se ouve de quem vive no Lago Sul é a falta de calor humano entre os vizinhos. O senhor percebe isso?
Eu não sinto, pelo contrário, o calor humano e a energia do morador do Lago Sul são muito bons. O Lago Sul é um bairro que convida as pessoas a fazerem caminhadas e todos se cumprimentam e conversam durante o exercício. Eu particularmente convivo muito com os meus vizinhos. Eu acho que isso é muito mais uma característica individual.
Quais são os maiores problemas atuais da região?
Por ser um bairro composto por uma classe social elevada, o Lago Sul é mais exigente. Temos questões de infra-estrutura para serem solucionadas. Ainda não há rede de drenagem de rede de águas fluviais em todo o bairro, assim como sistema de esgotos. Outra problema é a conservação das calçadas, dificultada pela manutenção das grandes aéreas verdes.
E em relação à segurança pública? Essa questão já foi bastante melhorada pelo programa Sentinela da Polícia Civil, onde o cidadão pode cadastrar o seu endereço e o seu celular e com um simples toque acionoa a polícia. Mas ainda assim ainda há ocorrências e situações de insegurança, mas continuaremos trabalhando para que diminuam. Ainda esse ano mais um posto policial deve ser instalado no comércio local da QI 25.
Como o senhor vê a questão das guaritas contratadas pelos moradores? Essas guaritas ainda não são regularizadas. Em algumas quadras que tem entrada única, como QL 12 e QI 17, foi contradada essa vigilância particular pela associação dos moradores. Mas eu acredito muito nas inciativas da segurança comunitária que estão sendo feitas.
O que falta para o projeto Orla, que se arrasta há mais de doze anos, sair do papel?
O projeto Orla depende agora da licença ambiental do Instituto Brasília Ambiental (Ibram). Dentro dele, o Lago Sul tem um belo projeto para a QL 14 já licitado e em fase de conclusão. Será no parque do anfiteatro onde teremos infra-estrutura para caminhada, corrida, prancha para praticar bocha e locais para usufruir a natureza do lago que é muito bonita. Mas em relação a lazer o Lago Sul está muito bem servido: tem a pista de cooper da Península dos Ministros, o Pontão - para mim o local mais bonito do DF - o parque da Ermida Dom Bosco, entre outros.
Os artistas convidados para fazer a festa dos 49 anos do Lago Sul, a Célia Porto e o Hamilton de Holanda, são cria da cidade. O senhor teve intenção de valorizar os músicos brasilienses?
Com certeza. Eu acho que vale a pena. Brasília já é uma cidade consolidada no meio artístico e temos muitos bons artistas. Eu acho que devemos ao máximo valorizar quem está próximo da gente, porque às vezes nós mesmos não conhecemos talentos disponíveis aqui na região.
Ouça o administrador Paulo Zubá falando sobre as comemorações do 49; aniversário do Lago Sul