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Marido mata mulher com um tiro na cabeça na Ceilândia

Uma história de amor terminou tragicamente na noite desta quinta-feira. Em um barraco simples nos fundos do lote 16 da QNP 27, conjunto G, o corpo de Érica Cristina dos Santos, 20 anos, jazia com um tiro no rosto. O principal suspeito é Charles Bianco Magalhães (foto), 25 anos, com quem ela dividia o mesmo teto há quatro anos.

O crime ocorreu pouco antes das 19h. Quando policiais militares que faziam ronda na região chegaram à casa, se depararam com Charles na porta. Segundo o desempregado, ele chegou de moto e percebeu que um homem de calça preta saía cambaleante de dentro do lote. Ao entrar em casa, Charles teria visto Érica morta.

Mas não foi preciso muito tempo para que a versão dele fosse desmascarada. Uma vizinha comentou com o cabo da Polícia Militar Celso José de Barros que o autor do disparo fatal estava ali ao lado. "Eu comentei com o delegado Bruno [Gordilho, da 19; DP] para levar a vizinha à delegacia porque ela já tinha comentado comigo que não era como ele estava contando. Nós ficamos na casa com o rapaz enquanto o delegado a levou para depor", explica o cabo Celso de Barros. "Quando o delegado voltou, disse ao Charles que já sabia de tudo. Ele ainda tentou negar, mas acabou confessando o crime e contou que tinha jogado a arma em cima de uma casa vizinha."

O pai de Érica, o marceneiro Francisco José, 56 anos, estava inconformado. "É muita dor, é uma perda sem reparação. Nós a criamos com tanto cuidado, e ela foi assassinada por alguém que dizia que gostava dela. Nós já tínhamos pedido que eles se separassem", lembra. Charles foi detido em flagrante e deve responder por homicídio, cuja pena varia de 16 a 30 anos de reclusão.