A criação de áreas de comércio no Park Way foi engavetada. Em audiência pública no auditório do Fórum do Núcleo Bandeirante, na noite de terça-feira, os moradores se posicionaram contra a abertura de lojas de conveniência na região. ;Muitas pessoas querem ter farmácia e padaria perto de casa, mas questionamos a capacidade do governo de fiscalizar e garantir os parâmetros definidos para o comércio;, observa Robson Neri, vice-presidente da Associação Comunitária do Park Way.
Os representantes da associação foram os que mais se posicionaram entre os quase 200 moradores da área que estiveram na audiência pública. ;A comunidade quer é que o processo de representação seja justo, abrangente e coerente. Não é possível decidir o futuro do Park Way contando com a opinião de empresários que têm interesses na área;, completa.
O administrador do Park Way, Antônio Girotto, questiona a posição do associação. ;Tenho convicção de que a maioria das 45 mil pessoas que vivem no Park Way quer essa comodidade, mas não é tão organizada quanto os que são contra;, disse. ;Vamos deixar essa história mais quieta e, quando a população pedir o comércio, voltamos à questão.;
A criação de comércio não é uma coisa nova na área. Ela foi prevista no Memorial Descritivo do Park Way, documento registrado em cartório em 1961, o mesmo que criou oficialmente o bairro. No documento, estão previstas até mesmo os locais que podem receber o comércio, que hoje são áreas verdes.
Opinião dos internautas
Em enquete no site do Correio, 579 internautas responderam, de 13 a 19 de agosto, à pergunta: Você concorda com a abertura de comércio no Park Way? Do total, 371 pessoas, ou 64%, afirmaram que sim e 208, ou 35%, disseram que não.