Um foragido da Justiça há 20 anos foi detido no fim da tarde desta segunda-feira (17/8). O homem é acusado de diversos roubos a apartamentos, realizados sempre sob a mesma estratégia (leia mais abaixo). A prisão ocorreu em uma ação policial empreendida pela Delegacia de Repressão a Roubos (DRR).
Como conta o delegado Adval Matos, Idelsi Alves da Silva, de 43 anos, trafegava em um GM Constant na QNN 9 de Ceilândia Norte, por volta das 17h, quando foi abordado por agentes da DRR. Ele apresentou uma identidade falsa, mas foi reconhecido e não resistiu à prisão. Com ele também havia um revólver calibre 38.
Em depoimento, o acusado teria confessado os crimes de roubo. ;Ele disse que não tem idéia de quantos foram. E que foram muitos;, destaca o delegado. Adval afirma, ainda, que Idelsi era procurado por cinco delegacias desde janeiro. ;Ele praticou roubos nas áreas de Asa Sul, Asa Norte, Setor Sudoeste e Taguatinga. Ainda há alguns que não descobrimos, mas só aqui com a gente (na DRR) há, pelo menos, 20 ocorrências;.
Sistemática
De acordo com o delegado, o acusado agia sempre da mesma forma. ;Ele chegava aos prédios no horário de almoço, porque dizia que os porteiros saem para comer e deixam a portaria abandonada;. Idelsi oferecia serviço de pintor, pedia caneta, papel e água. ;Tudo isso para averiguar quantas pessoas havia na residência;. Após confirmar a possibilidade de efetivar o roubo, ele tirava a arma e trancava as vítimas em um cômodo. ;Então ele levava objetos de valor e saía despercebido;.
Circuitos de segurança de vários prédios localizados nas regiões onde Idelsi costumava agir o filmaram. Isso auxiliou nas investigações e no reconhecimento dele pelas vítimas. O delegado da DRR pede às pessoas que tenham passado por situação semelhante que procurem a autoridade policial mais próxima ou a especializada.
Idelsi da Silva foi autuado por porte ilegal de arma de fogo, uso de documento falso e pelos roubos já confirmados. Ele será encaminhado diretamente à Penitenciária do Distrito Federal (Papuda), onde terminará de cumprir a pena para a qual já havia sido julgado antes de fugir. Lá ele aguardará julgamento pelos crimes atuais.