Batizada como simulador de ação real (RAM, na sigla em inglês), a tecnologia se baseia em balas de tinta ou de borracha. Os projéteis de tinta ; que é biodegradável e sai com água ; têm a vantagem de marcar o ponto onde a bala acertou. ;O equipamento é ideal para treinar, sobretudo, as unidades especializadas;, avalia o capitão Alexandre. ;Já estamos finalizando os relatórios para apresentar à nossa Secretaria de Segurança Pública e pretendemos adquirir as primeiras unidades ainda neste semestre;, informa, mostrando animação.
No Brasil, nenhuma unidade policial treina com equipamento similar. Usadas ostensivamente nos Estados Unidos por esquadrões de elite como a SWAT(3) e em países da Ásia, as armas com sistema RAM serão apresentadas na Feira Internacional de Tecnologia, Serviços e Produtos para Segurança Pública (Interseg) para as autoridades policiais locais. ;Tivemos contato com o equipamento em uma feira em Pequim (China) no ano passado. Nos chamou a atenção na hora;, conta o proprietário da Dimensão Comércio e Importação de Produtos de Segurança, Paulo César Lourenço. ;Acho que a grande inovação é o privilégio do realismo e da segurança. Não são raros os casos de acidentes em treinamentos que usam munição real;, afirma ele.
Outra vantagem é a econômica. As réplicas custam de 20% a 50% menos que as reais. Um fuzil M16, por exemplo, usado por unidades como o Batalhão de Operações Especiais (Bope) da PM, custa até R$ 15 mil cada. Um similar com a tecnologia RAM sai pela metade do preço. ;Além de se evitar acidentes, não se prende um armamento caro desses, que poderia estar na rua, em um treinamento, diminuindo sua vida útil;, afirma Lourenço. As balas de tinta chegam a custar um quinto do valor das reais.
Para atirar, as armas RAM utilizam a pressão de um minicilindro descartável de gás carbônico, evitando o emprego de pólvora. A maneira de carregar a munição é igual à das armas de verdade e é possível controlar a velocidade dos projéteis. Acessórios como tripé e luneta podem ser utilizados nos treinamentos. A tecnologia permite adaptar diversos tipos de arma. De pistolas a fuzis, passando por armas de precisão. Fica ao gosto do freguês.
1 - Tinta
Neste esporte, duas ou mais equipes competem com os jogadores armados com rifles de tinta. Quem é atingido por um adversário deve deixar o campo de jogo. O objetivo de cada equipe é capturar a bandeira adversária. Cerca de 15 milhões de pessoas praticam paintball no mundo.
2 - Campo
São locais para o treinamento de tiro, muito usados nas academias de polícia. Podem ser fechados ou ao ar livre. Policiais costumam treinar nos dois tipos. Alguns imitam as possíveis áreas de ação, como favelas, prédios e casas. Quando construídos ao ar livre, costumam ficar abaixo do nível do solo para evitar acidentes.
3 - Guerrilha
A unidade de elite da polícia norte-americana, que ficou famosa em filmes e seriados, surgiu em Los Angeles (Califórnia) no fim da década de 1970. Confrontos violentos com criminosos motivaram a polícia local a criar uma equipe preparada para lidar com situações não convencionais. Quem ingressa na SWAT recebe treinamento de guerrilha e aprende a trabalhar com armas mais pesadas do que as usadas normalmente pelos policiais.
PROGRAMAÇÃO
A Interseg será no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade, de 25 a 27 de agosto
Dia 25/8 ; 18h às 21h30
Dia 26/8 ; 10h às 19h30
Dia 27/8 ; 10h às 19h30
Mais informações no site www.interseg2009.com.br