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Saúde quer reforçar vigilância após primeira morte por gripe A no DF

Após a confirmação da primeira morte por gripe A no DF, o secretário-adjunto de Saúde, Florêncio Cavalcante, afirmou, nesta segunda-feira (10/8), que o órgão quer reforçar a vigilância em casos de influenza que, inicialmente, não levantem suspeitas. "Esse caso aparentou como sendo gripe comum. Portanto, teremos que ficar atentos. Em três dias começam a sumir os sintomas da gripe comum. Se o quadro se agravar, vamos reavaliar o paciente. É uma nova frente de trabalho." [SAIBAMAIS]Cavalcante afirma que o Distrito Federal tem peculiaridades que preocupam, mas que a secretaria está tomando medidas para evitar que a doença cause mais mortes na cidade. "Temos o segundo maior aeroporto do país, movimentação nas embaixadas, no Congresso, empresários que vêm à cidade de várias partes do país. Temos todos os indicadores para um quadro grave aqui e isso não aconteceu", afirmou. O analista de sistemas Carlos Fernando Noronha, 50 anos, foi a primeira vítima da gripe suína a ter a morte confirmada no Distrito Federal. A Secretaria de Saúde foi notificada na manhã de ontem pelo Hospital Anchieta, de Taguatinga, e confirmou ao Correio que o paciente tinha a doença. Segundo o coordenador médico do Anchieta, Roberto Valente, Carlos Fernando chegou ao hospital há duas semanas com grave insuficiência respiratória. Duas horas após ser internado, só respirava com ajuda de aparelhos. Segundo o relato do médico, o paciente procurou a rede pública, mas não teria recebido atendimento. A Secretaria de Saúde do Distrito Federal informou, em entrevista coletiva nesta segunda-feira (10/8), que não houve negligência no atendimento ao analista de sistemas. Apesar disso, o órgão não soube dizer porque o paciente não conseguiu atendimento no Hospital Regional da Asa Norte (Hran) e no Hospital Regional de Taguatinga (HRT).