Jornal Correio Braziliense

Cidades

Rede privada não deve suspender as aulas em caso de suspeita de gripe A, diz Secretaria de Educação

A Secretaria de Educação vai expediu uma circular nesta quinta-feira (6/8), recomendando às escolas da rede privada que não suspendam as aulas, mesmo que algum caso de gripe A ou de gripe comum seja verificado. A circular tem como base novas orientações feitas pela Secretaria de Saúde. A principal delas diz que as aulas só devem ser suspensas se até três casos forem detectados numa mesma turma, ainda assim, só nesta turma. [SAIBAMAIS]Caso seja encontrado um caso nessas circunstâncias, ele deve ser comunicado imediatamente à Secretaria de Saúde que irá monitorá-lo. Se nos cinco dias seguintes mais dois casos forem detectados, a Secretária reconhece que há um surto e que somente a turma deverá ter as aulas suspensas. Os alunos com sintomas de gripe - febre acima de 38º e tosse ou dor de garganta - devem ser afastados das atividades escolares e o caso deve ser comunicado aos responsáveis para atendimento pelo médico da família ou pelos centros de saúde. Grávidas A secretária adjunta de educação, Eunice Santosm, cogitou entrar com um pedido de liminar nesta quinta-feira para que as professoras grávidas sejam dispensadas do trabalho. No entanto a subsecretária de Vigilância à Saúde, Disney Antezana, afirmou em reunião que as grávidas devem, em caso de gripe, procurar orientação médica. "As grávidas devem trabalhar normalmente", disse Disney. Caso o médico oriente a gestante a permanecer em casa, ela deve enviar o atestado para avalidação da Perícia Médica por uma terceira pessoa. Embora quase 80% dos 59.959 servidores ativos da Secretaria de Educação sejam mulheres, 44.630, a SEDF não tem como precisar quantas delas estão grávidas. Vírus Durante a reunião, Disney explicou que o vírus tem alta transmissibilidade, espalhou-se por 160 países, mas já se sabe que a gripe causada por ele não é tão grave quanto se pensava."Já sabemos que só um por cento das pessoas que o contraem apresentam agravamento da doença", afirmou. Um milhão de pessoas fazem parte dos grupos de risco no DF, formado por mulheres grávidas, crianças menores de 12 anos, idosos acima de 60 anos, obesos e portadores de doenças crônicas, como câncer, diabetes e HIV. "Qualquer ação adotada para um grupo de risco deve ser estendida aos demais", disse Disney. A prioridade a quem fizer parte dos grupos de risco será dada no atendimento a quem procurar postos e hospitais da rede pública de saúde.