Os candidatos a soldado da Polícia Militar aprovados no último e polêmico concurso da coorporação entraram, nesta quarta-feira (5/8), com dois mandados de segurança coletivo no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) para garantir o andamento do processo seletivo, e o direito de realizar a avaliação física, próxima etapa da seleção.
[SAIBAMAIS]Uma comissão formada pelos aprovados no concurso foi recebida hoje na sede administrativa do governo para um encontro com o sub-secretário de Segurança do DF, Pedro Cardoso, e com o chefe do departamento de pessoal da Polícia Militar. O objetivo do encontro foi discutir o andamento do concurso, que exigiu nível superior dos candidatos, e o aumento para 1.500 vagas.
Nesta quinta-feira, o Tribunal de Contas do DF vai julgar representação que pede um novo posicionamento do órgão, diante da anulação na Justiça da liminar que exigia nível superior. No último dia 30, o TCDF decidiu, por unamidade, também em caráter liminar, suspender o processo de seleção e determinou que o GDF se abstenha de prosseguir com a seleção, o que significaria, praticamente, a não realização das provas físicas marcadas para a segunda quinzena de agosto.
A comissão que representa os mais de 3 mil aprovados no concurso fará amanhã, às 16h, em frente ao TCDF uma manifestação a favor da manutenção do nível superior para policial militar. O objetivo é que todos os candidatos aprovados participem do protesto.
Tendência
Os candidatos já foram convocados para a avaliação mas, no entendimento do TCDF, a exigência de nível superior para o cargo é ilegal. A tendência é que, nesta semana, o tribunal mantenha a decisão, posicionando-se contra a exigência de diploma e pedindo a reabertura de edital para os candidatos de nível médio ; conforme o exigido nos concursos anteriores da PMDF.
O governador José Roberto Arruda, por sua vez, já declarou publicamente que vai continuar buscando, por meio das vias judiciais, que o ingresso à Polícia Militar seja permitido apenas a candidatos com nível superior.
Com informações de Noelle Oliveira