Jornal Correio Braziliense

Cidades

Caso suspeito de gripe suína altera calendário de duas escolas particulares do DF

A suspeita de contágio pela gripe suína em um estudante da rede privada de ensino do DF alterou a rotina de duas escolas. O Colégio Cecap, no Lago Norte, onde o caso foi registrado, suspendeu as aulas. Já o Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, no Lago Sul, decidiu adiar o retorno das férias, previsto para esta quarta-feira, apesar de não ter nenhum caso suspeito no colégio.

Iniciadas nesta semana, as aulas do Cecap, na QI 9/10 do Lago Norte, estão suspensas até a próxima segunda-feira (3/8). A medida foi tomada depois que um estudante de 11 anos esteve na Disney (Estados Unidos) durante as férias e apresentou os sintomas da nova gripe.

[SAIBAMAIS]

A Subsecretaria de Vigilância à Saúde (SVS/SES) informou que foi contactada pela escola e recomendou que o estudante fosse examinado em um centro de saúde ou hospital mais próximo de sua residência. Ele deve ficar afastado da instituição de ensino, conforme estabelece o protocolo do Ministério da Saúde, pelo período 14 dias, já que tem idade inferior a 12 anos ; a quarentena seria de sete dias, caso fosse maior de 12 anos.

A escola recebeu orientações para higienizar a mesa e a cadeira usadas pelo estudante na sala de aula da instituição, com álcool 70%. Também recomendou-se que os professores ficassem atentos e avisassem à Secretaria de Saúde caso mais duas crianças, na mesma sala do estudante, apresentassem sintomas da gripe (febre com tosse ou dor de garganta, no período de cinco dias).

Precaução

Além de cumprir todas as recomendações da secretaria, a diretora do Cepac, Kátia Carneiro, ainda suspendeu as aulas até a próxima segunda-feira, "por medida de precaução", e determinou a limpeza da escola seis vezes ao dia com álcool 70%. Quando os alunos retornarem às aulas, serão orientados a lavar as mãos três vezes por turno (de manhã e à tarde), não compartilhar alimentos e usar materias descartáveis, como copos e toalhas.

Segundo Kátia, a equipe do Cecap já participou de um treinamento na terça-feira, mas comparecerá em peso à nova capacitação marcada para o próximo sábado (1;/8). "É importante que todos os professores estejam conscientes dos cuidados que devemos tomar em relação ao reforço na higiene", diz a diretora.

Informações desencontradas

Apesar da divulgação feita pelo Sindicato das Escolas Particulares (Sinepe), pela Secretaria de Saúde e pela Secretaria de Educação, algumas escolas particulares ainda estão em dúvida quanto à capacitação que será realizada neste sábado (1;/8) no Parlamundi às 14h.

As informações desencontradas são a principal reclamação da rede privada. "Ligamos no Sinepe, que não soube nos dar nenhuma informação sobre o curso. No telefone 160 da Secretaria de Saúde, a atendente não soube me explicar", afirma Patrícia Soares, secretária do colégio DNA da 404 Norte. "Os pais estão procurando o colégio em busca das medidas que estão sendo tomadas, mas com as informações desencontradas está difícil dar uma posição", declara.

A assessoria de imprensa do Sinepe esclareceu que enviou e-mails para todas as escolas filiadas ao sindicato e que tem informações à disposição no site. A Secretaria de Saúde afirmou que está mantida a capacitação no sábado e pede que apenas dois integrantes da escola compareçam ao local para evitar tumulto.

Medidas

Por terem mais condições de financiar a prevenção no combate a Influenza A, a maior parte dos colégios particulares já havia adquirido sabonetes líquidos, toalhas de papel e até mesmo álcool 70% para o uso nas escolas. Desde maio, o Centro Educacional Sigma mantinha os pais informados sobre a gripe e a escola estava equipada com todos os materiais de prevenção. De acordo com a assessoria, apesar disso, a escola ainda tem ligado e dado orientações para os pais sobre a doença e como agir em caso de suspeita.

No colégio DNA, a situação não é diferente. "Providenciamos a compra de todo o material, inclusive do álcool, fizemos cartazes para explicar a gripe para as crianças e estamos dando orientação aos pais", afirma Patrícia Soares. "As crianças ainda não têm noção do perigo da doença, mas os pais estão assustados com isso e nos procuram para tomarmos providências", informa.