Motoristas de micro-ônibus fazem manifestação na manhã desta quinta-feira (16/7) em frente à residência oficial do governador José Roberto Arruda, na Estrada Parque Taguatinga (EPTG), em Águas Claras. Por volta das 8h, os manifestantes ocuparam uma das faixas da via no sentido Taguatinga/Plano Piloto, além do acostamento.
[SAIBAMAIS]O trânsito ficou complicado até as proximidades do Viaduto Israel Pinheiro, mas já flui normalmente. Eles reivindicam novas linhas para trabalhar, além da devolução de um lote de 50 veículos dado pela justiça a outra empresa.
No local, estão mais de 200 pessoas e ainda cerca de 200 ônibus, segundo os manifestantes. A Companhia de Polícia Rodoviária (CPRv), apoiada pelo 2; Batalhão de Polícia Militar faz a segurança da área.
De acordo com o diretor financeiro da Coopertran, Gilberto Ferreira Gomes Filho, em 2008, foi feito um acordo entre governo, Coopertran e a Cooperativa Brasiliense de Transportes e Construções (Cobrataete), por meio do qual a Coopetran ganhou o direito sobre três lotes de veículos.
A partir de então, os associados investiram na cooperativa, tanto em funcionários como em construção de garagens para abrigar os veículos. Mas, uma outra cooperativa, a dos Profissionais Autônomos de Transporte Alternativo do Gama e do Distrito Federal (Coopatag/DF) entrou na justiça para ter direito a um dos lotes e ganhou.
"Nos foi garantido o direito aos lotes. Se isso for tirado, corremos o risco de demissões de cerca de 200 funcionários, além do prejuízo financeiro. Isso pode arruinar a cooperativa", afirma Gilberto. A Coopertran faz linhas que atendem a população de Sobradinho e Santa Maria.
Insegurança
Os protestos da categoria tiveram início na última terça-feira, quando o motorista Ricardo Henrique Leite, 25 anos, acabou assassinado, com três tiros, no Gama. O adolescente acusado do crime entregou-se ontem.
Os colegas de Ricardo reclamam que em um ano de funcionamento, o sistema de micro-ônibus, que substituiu as vans, sofreu 400 assaltos. Já os ônibus convencionais, registram, em média, quatro roubos por dia.