Na data em que se comemora o Dia Internacional do Meio Ambiente, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) fez uma exposição na Rodoviária de Brasília, área central da cidade, de objetos feitos com animais silvestres apreendidos em operações. A ideia é alertar a população para os riscos de se comprar essas espécies.
A prática pode resultar em multa de até R$ 1,5 mil para espécies silvestres e até R$ 5 mil para animais que estejam na lista de ameaçados de extinção.
;Além disso, vários deles podem transmitir doenças para as pessoas;, disse o coordenador da exposição e educador ambiental, Maurício Galdino.
Entre os objetos que podem ser vistos na mostra, estão esculturas feitas com partes de vários animais. Algumas misturam cabeça de macaco com dentes de piranha e casco de tatu. ;O pior é que as pessoas compram [as esculturas];, disse Galdino.
Também estão expostas bandejas feitas com asas de borboletas, a pele de uma sucuri de 7,2 metros, que seria usada para fazer botas, e uma pele de onça pintada, apreendida numa loja no Lago Sul, bairro nobre de Brasília. ;Viraria casaco para uma madame;, disse o coordenador.
;Isso é um absurdo. Estou revoltada;, disse uma visitante da exposição que não quis se identificar. ;Perto do meu trabalho tem uma casa onde há cinco peles de onça. Quero denunciar;, completou.
Segundo Galdino, quem tem um animal silvestre em casa sem autorização, como periquito ou papagaio, pode ser punido. ;Todo mundo quer ter um papagaio em casa, mas a nossa informação é que ele deve ser mantido em seu habitat;, recomendou. ;Quem quiser ter um animal que tenha um cachorrinho. Mas sem maus-tratos, porque isso também é crime;, lembrou.
O telefone da Linha Verde do Ibama, que recebe denúncias sobre venda de animais silvestres ou de objetos feitos com eles, é 0800 61 8080.