Jornal Correio Braziliense

Cidades

Corpo espera 17 horas até conseguir liberação para autópsia

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A dor da perda do irmão ficou mais intensa para Cristiane Souza Gottsried por causa da demora na autorização da autópsia e a liberação do corpo de Marco Aurélio Souza Gottzried, 39 anos. Foram 22 horas desde a morte do irmão, às 18h de segunda-feira, até a liberação do corpo que só ocorreu às 16h de hoje. ;Foi um sofrimento para toda a família. O corpo do meu irmão ficou lá sem a autorização para fazer a autópsia, só depois de batermos na porta do vice-diretor do Hospital de Base conseguimos a autorização. Isso às 11h da manhã, porque a recepcionista disse que ele estava em uma reunião;, revoltou-se Cristiane. O irmão dela foi internado no Hospital Regional do Guará (HRGu) na tarde de ontem, onde morreu. A morte foi o início de mais sofrimento até conseguir liberar o corpo e começar o sepultamento. Sem sala de anatomia no HRGu a direção do hospital pediu a transferência de Marco Aurélio para o Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), mas o corpo só foi levado para a autópsia às 11h desta terça. A assessoria do HBDF informou que o corpo só chegou às 11h desta terça e foi liberado às 16h, o que está dentro do prazo previsto. Já o Hospital Regional do Gama alegou que como o paciente morreu no período noturno foi preciso aguardar a manhã de hoje para o transporte do corpo. A direção do hospital informou que só pode transferir o corpo depois de receber o aval do HBDF, que é responsável pelas autópsias dos hospitais do Guará, Paranoá, Brazlândia, Planaltina, além dos postos de São Sebastião e do Núcleo Bandeirantes. A família disse que está revoltada com a negligência dos hospitais com a dor sofrida por eles e disse que vai entrar na Justiça. ;Vamos mover uma ação contra o hospital, contra todo o sofrimento que eles nos causaram;, afirmou Cristiane.