Após ter o pedido de habeas corpus negado na noite de quinta-feira (21/5), os advogados do empresário Nenê Constantino apresentaram um pedido de prisão domiciliar para o fundador da Gol Linhas Aéreas. Eles alegam que o cliente está doente.
O documento está na 1ª Turma Crimina do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, desde às 13h05 desta sexta-feira (22/5), e é analisado pela desembargadora Sandra De Santis.
Nenê Constantino, que teve a prisão decretada na tarde de quinta-feira ainda não foi detido. A Polícia Civil do DF, responsável pelo cumprimento da ordem judicial, informou que não se pronunciará mais sobre o caso.
O escritório de advocacia que defende Constantino divulgou nota à imprensa nesta tarde: "O empresário Constantino de Oliveira encontra-se, nesse momento, em tratamento médico e se apresentará à Justiça espontaneamente tão logo tenha condições de saúde para tal". No entanto, não foi informado a doença nem onde o empresário está internado.
Os crimes
Constantino é acusado de mandar matar dois homens e de ferir outro. O fundador da Gol Linhas Aéreas e outras três pessoas tiveram a prisão preventiva decretada por um juiz de Taguatinga. O trio foi surpreendido em casa por agentes da Polícia Civil do Distrito Federal. Entre eles, Victor Foresti, genro e sócio de Nenê no grupo Planeta ; o maior conglomerado de transportes urbanos da capital ; e vice-presidente do Setransp, o sindicato das empresas do setor.
Constantino é apontado como mandante dos crimes. Todos os casos ocorreram em 2001 e têm como motivo a disputa por um terreno em Taguatinga Norte. Foresti acabou preso sob acusação de subornar testemunhas. Os outros detidos são os motoristas aposentados João Alcides Miranda, 61, e Vanderlei Batista Silva, 67. Ambos trabalhavam para o fundador da Gol e, segundo as investigações, receberam ordens dele para executar as vítimas. Vanderlei Silva hoje é vereador em Amaralina (GO), mas fazia a segurança de Constantino na época dos assassinatos.