Após uma longa negociação com a polícia, a mulher Dalmir Mangabeira foi libertada por volta das 7h desta segunda-feira (11/5). Ela era mantida refém pelo próprio marido Carlos José da Silva, 52 anos, desde às 19h30 de domingo (10/5) num bar na QNA 30, em Taguatinga. Dalmir foi levada pelo Corpo de Bombeiros a um hospital em Taguatinga. Ela não sofreu ferimentos.
Tudo terminou depois que o irmão de Carlos José, o autônomo Clovis Geraldo Alves, de 54 anos, conversou com ele, por volta das 6h30 de hoje. Clovis afirmou que teve apenas uma conversa de rotina com o irmão. Ele disse que tudo estava tranquilo e que o irmão poderia deixar o bar.
De acordo com os vizinhos, Carlos José teria chegado embriagado ao apartamento onde mora, por volta das 19h30 deste domingo (10/5), na CNB 9, e discutido com o síndico. Ele teria efetuado um disparo de arma de fogo, que não chegou a acertar ninguém. Ele partiu, então, para o bar Status Drinks, de sua propriedade, e se fechou no local, ainda armado, acompanhado pela mulher.
O síndico prestou queixa na 12ª DP (Taguatinga Norte). Ele afirmou, em depoimento, que a briga começou há uma semana, quando o síndico teria pedido para entrar no apartamento de Carlos José para verificar um vazamento. A parede do apartamento foi quebrada, mas o problema não estava na residência do homem. Ontem, ao chegar embriagado no prédio, Carlos José resolveu tirar satisfação com o síndico. Ele pegou um revólver calibre 38 e ameaçou o síndico. Muito nervoso, acabou disparando dois tiros, que acertaram o chão.
Carlos José responderá por tentativa de homicídio, ameaça, porte ilegal de arma de fogo e cárcere privado. Ele já tem passagem pela polícia por porte ilegal de arma.
A polícia tentou negociação com Carlos José até as 2h da madrugada, quando ele adormeceu. Como o homem estava bebendo, ele oscilava entre momentos de embriaguez completa e lucidez, o que dificultou a negociação. Um dos momentos mais tenso foi quando Carlos disparou dois tiros no interior do bar, nenhum acertou a mulher. A polícia acompanhou todo o movimento por meio de uma câmera de fibra ótica. Como ele adormecia abraçado com a arma e a esposa estava na mira do revólver, a polícia optou por não invadir o bar. Foram quase 12h de tensão
Cerca de 40 policiais militares foram deslocados para a região e isolaram a área comercial. O Batalhão de Operações Especiais (Bope) também foi chamado para atuar no perímetro próximo ao bar. Agentes do Departamento de Trânsito (Detran-DF) controlaram o tráfego de veículos no local e um carro do Corpo de Bombeiros foi posicionado próximo ao estabelecimento.