Conhecer novos amigos, ajudar pessoas, participar de acampamentos e ser um cidadão melhor são o elo entre os cerca de 2,3 mil escoteiros existentes no Distrito Federal. No próximo dia 23, quinta-feira, eles comemorarão o Dia Mundial do Escoteiro. O movimento de escotismo está presente em todos os estados do Brasil e conta com aproximadamente 70 mil membros registrados.
Durante as comemorações, os grupos se reúnem para fazer diversas atividades, com programação definida por cada grupo regional. No DF, até o ano passado, a União dos Escoteiros do Brasil (UEB) registrou 24 grupos em diferentes locais como Asa Norte, Gama, Taguatinga e Ceilândia.
Os grupos funcionam como clubes, onde os associados se reúnem para praticar o escotismo, por meio de atividades que visam formar um caráter mais cívico nas crianças e jovens participantes.
Os grupos não dispõem de recursos financeiros. Os gastos com as atividades são cobertos por meio de uma taxa mensal paga pelos membros. Essa quantia é definida pelo grupo e depende do objetivo dos escoteiros. Ela pode variar de R$ 5 a R$ 30, em média.
O gerente de projetos da UEB, Manuel Sales, destaca alguns objetivos do escotismo como a formação do caráter cívico do jovem, aumentar a capacidade de trabalho em equipe e desenvolver a liderança nos jovens. Além de manter o participante em contato com a natureza, por meio dos tradicionais acampamentos realizados pelos escoteiros.
;Temos um trabalho anterior de conscientização com os membros até chegar ao acampamento. Lá [no acampamento] é o momento em que os escoteiros colocam em prática o que aprenderam. Nós trabalhamos com este lema do ;aprender fazendo;;, comenta Manuel Sales.
Faixas Etárias
Não há limites de idade para participar de um grupo de escoteiros. Eles são divididos por faixas etárias. De 7 a 11 anos, é a fase inicial no escotismo, as crianças são chamadas ;lobinhos;. Dos 11 aos 15 eles passam a ;escoteiros;. A próxima fase, que vai dos 15 aos 18, eles são ;sênior; e desenvolvem atividades com foco em servir, por meio de atividades ecológicas e comunitárias. Dos 18 aos 21 eles se tornam escoteiros ;pioneiros;.
Para quem se acha ;fora de faixa; para entrar em um grupo de escoteiros, uma boa notícia: existe a fase adulta no grupo. Como adulto, o membro participa das atividades de escotismo, como os acampamentos, mas recebe um treinamento específico para ser um transmissor de informações para os mais jovens. ;Dentro da função no grupo o adulto é responsável por fazer com que o método dos escoteiros seja cumprido nas atividades realizadas. Ele é uma espécie de irmão mais velho;, fala Manuel, que acrescenta, existem as funções administrativas também, que podem ser exercidas pelos interessados.
Manuel Santana é um exemplo de um adulto escoteiro, este ano ele faz 30 anos de movimento. ;Entrei com 11 anos e estou até hoje. Tenho uma filha que também é escoteira. Ela entrou como ;lobinha; e hoje está com 15 anos. Já são sete anos de movimento;, conta orgulhoso o pai.
Ele diz que existem características que se observa nas pessoas que procuram o escotismo como gostar de atividades ao ar livre e aprender ou ensinar, ter contato com pessoas e ajudar o próximo.
O coordenador de projetos da UEB dá como exemplo a atuação marcante dos escoteiros na enchente de Santa Catarina, que mobilizou todo o país. Na ocasião, eles auxiliaram os bombeiros e voluntários a separar as doações e ajudar as famílias desabrigadas no necessário.
;Fica claro que as experiências de vida que se tem em um grupo de escoteiros, o contato com a natureza e com o próximo nos acampamentos são diferenciais nos jovens. Muitos jovens vão uma vez para um acampamento e voltam com outra visão. Eles ficam marcados;, analisa Manuel.
Outras informações sobre os escoteiros na página da UEB, www.escoteiros.org.br. Na home pág da entidade também é possível encontrar os endereços das unidades regionais mais próximas e todos os passos para ser um escoteiro.
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