As famílias vítimas de crimes violentos no Distrito Federal já podem contar com o apoio da Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejus). Nesta quarta-feira (15/4) será lançado o programa Pró-Vida. O projeto, inédito no Brasil, vai levar apoio jurídico, psicológico e social as pessoas e parentes que já sofreram qualquer tipo de agressão.
Geralmente as vítimas apresentam sequelas dos crimes, como medo, dificuldades de relacionamento, ansiedade, depressão, síndrome do pânico, dependência do álcool, drogas e hipertensão. E para oferecer esse amparo foi criada dentro da Sejus a Subsecretaria de Defesa da Vítima de Violência.
A Subsecretaria junto com a ajuda da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) vai identificar as vítimas de crimes violentos e seus familiares, fazer um levantamento das reais necessidades e dos seus direitos.
A subsecretaria Valéria de Velasco afirma que a grande luta é para que os direitos sejam reconhecidos. ;É um dever do estado assistir a todas as vítimas, a todo o círculo que a envolve. A subsecretaria vai exercer esse papel;, ressalta. Valéria teve o filho Marco Antônio de Velasco assassinado em 1993 por uma gangue de jovens na Asa Norte.
Para o secretário Alírio Neto ;há entidades demais preocupadas em defender os direitos dos criminosos enquanto as vítimas ficam desassistidas. Opinião compartilhada por Valéria, que não vê movimentação para o atendimento daqueles que também sofrem dentro do âmbito familiar.
Estarão no lançamento representantes das mães da Candelária, das vítimas de Vigário Geral, dos movimentos Sou da Paz e Viva Rio, do Rio de Janeiro, e do Movimento Ives Ota, de São Paulo. Virá também para o evento Daniela Duque, do Rio de Janeiro, mãe de Daniel Duque, jovem morto no ano passado, na saída de uma boate, com um tiro de arma de fogo disparado por um segurança.
O programa será realizado primeiramente no Paranoá, mas será estendido às demais cidades do Distrito Federal. Ainda esse ano vão ser instalados mais oito núcleos. O lançamento acontece na Quadra 2, Conjunto C, Lote A, no Paranoá.