A Polícia Civil do Distrito Federal apresentou, nesta quarta-feira (8/4), o acusado de ter matado o aposentado Carlos Alcântara Caldas, 57 anos. A prisão de Daniel Trieto Borba, 26, aconteceu em Recife (PE) no último dia 3. Ele foi trazido para Brasília no domingo.
O crime ocorreu em 19 de janeiro de 2007, no apartamento da vítima, na quadra 104 de Águas Claras. Depois de tomar algumas cervejas em um bar, a Carlos Alcântara foi para casa com o acusado. Lá, recebeu um golpe na cabeça com um banco de madeira e foi estrangulado.
A polícia acredita que ele tenha sido morto na madrugada de quinta-feira. Daniel teria passado a noite no local e, às 6h, descido com roupas, objetos pessoais e eletrodomésticos, colocado tudo no carro da vítima, um VW Gol, e fugido. Como Carlos vivia sozinho, seu corpo só foi encontrado na manhã de sexta-feira, quando a diarista chegou para trabalhar.
Policiais da 21ª DP (Taguatinga Sul) começaram a investigar o latrocínio (morte seguida de roubo), e dois meses depois identificaram Daniel. Eles foram atrás do suspeito com um mandado de prisão, mas não o encontraram.
Mas, recentemente, uma denúncia anônima informou que Daniel tinha ido para a capital pernambucana, onde moram os pais e um filho do acusado. O delegado-adjunto Marcelo Portela, junto com três agentes da 21ª DP, viajaram até Recife e, com a ajuda da polícia de Pernambuco, prenderam o jovem.
Daniel confessou ter matado Carlos, segundo o delegado. No entanto, ele diz que não roubou nenhum pertence. Ele alega que cometeu o crime porque estava bêbado e não queria ser passivo durante a relação sexual com a vítima. O acusado diz que só revirou a casa para procurar a chave do carro, que Carlos teria escondido.
Investigações dão conta de que Daniel esteve no apartamento de Carlos pelo menos duas vezes antes do crime. "Ele conhecia todo o funcionamento do prédio, por isso esperou até às 6h para ir embora", argumentou o delegado. O acusado nega, no entanto, que era garoto de programa.
Ele já tinha passagens pelo polícia do DF por furto e pela polícia de Goiás por uma tentativa de homicídio e um homicídio, na cidade de Formosa (no Entorno de Brasília), mas não chegou a cumprir pena. Ele responderá agora por latrocínio, e poderá pegar pena de até 30 anos de reclusão.