Após seis dias de paralisação, funcionários de empresas particulares que prestam serviço de limpeza, copa e conservação em órgãos Federais e Distritais decidiram voltar ao trabalho. A negociação entre o Sindicato dos Empregados e Patrões (Seac) foi feita na manhã desta terça-feira (07/04) em audiência de conciliação na sede do Tribunal Regional do Trabalho (TRT).
O acordo final prevê aumento salarial de 10% e elevação do tíquete de alimentação para R$ 8. Com isso, o piso mínimo dos terceirizados, copeiras e serventes, por exemplo, passa a ser de R$ 512. A categoria lutava por um aumento de 12% e tíquete de R$ 10. No entanto, após três horas de audiência resolveu acatar a contraproposta dos patrões. O raejuste começa a valer a partir de 1ª de abril.
Em primeira audiência de conciliação, que ocorreu na manhã de segunda-feira (06/04), o Sindicato das Empresas de Asseio e Conservação (Seac) chegou a oferecer reajuste de 8, 32% e ticket no valor de R$ 7. Mas, os terceirizados, em assembléia, não aceitaram a proposta. ;Voltamos hoje com uma proposta de 9% de aumento salarial. O Ministério Público insistiu em manter os R$ 12 reivindicados. Mas, o presidente do Tribunal (desembargador Mário Caron) sugeriu os R$ 10, então resolvemos acatar;, explicou o advogado do Seac, Dalmo Rogério Souza de Albuquerque.
Sem penalidade
Como parte do acordo, os trabalhadores não sofrerão corte de ponto e nem outra penalidade. ;Não era nossa intenção, mas para viabilizar o acordo aceitamos o fato;, disse o advogado do Seac. Na segunda-feira, o sindicato patronal chegou a entrar com dissídio de greve coletiva no TRT alegando abusividade da greve. Por lei, os trabalhadores são obrigados a informar com 48h de antecedência a paralisação, o que não aconteceu, segundo informou Albuquerque.