Jornal Correio Braziliense

Cidades

Assembléia nesta tarde decidirá destino da greve dos terceirizados

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Sem acordo, os funcionários de empresas particulares que prestam serviço de limpeza, copa e conservação em órgãos federais e distritais devem continuar a paralisação que já se arrasta por quase seis dias. Em audiência no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), no fim desta manhã (06/04), patrões e empregados não se entenderam. Os trabalhadores querem aumento salarial de 12% e elevação do valor do tíquete de R$ 6,15 para R$ 10. No entanto, o Sindicato das Empresas de Asseio e Conservação (Seac) sustenta aumento de 6% e R$ 7 de auxílio alimentação. Uma assembléia marcada para o fim desta tarde promete acabar com o impasse. ;Vamos nos reunir mesmo que seja debaixo de chuva ao lado do Teatro Nacional. Minha opinião é de que não devemos aceitar a proposta, mas os trabalhadores é que vão decidir na assembléia;, afirmou a presidente do Sindicato dos Empregados das Empresas de Asseio e Conservação de Serviços Terceirizados (Sindserviços), Maria Isabel Caetano dos Reis. Atualmente o ticket de alimentação é de R$ 6,15. Em média, uma copeira ou servente recebe R$ 436 O advogado da Seac, Rogério Souza de Albuquerque, vai entrar com dissídio de greve coletiva ainda nesta segunda-feira (06/04) no TRT. ;Vamos alegar a abusividade da greve. Por lei, os trabalhadores são obrigados a informar com 48h de antecedência a paralisação, o que não aconteceu;, defendeu. Albuquerque também vai incluir no documento que não houve esgotamento das negociações. ;Vou solicitar uma nova audiência para amanhã;, concluiu. Com a continuidade da greve, o terminal da Rodoviária do Plano Piloto amanheceu cheio de plástico, papéis, sacos velhos pelo chão e com as lixeiras lotadas. Os brasilienses também ficaram impedidos de ir até a Água Mineral, por mais um dia. A paralisação atinge órgãos como o Tribunal de Justiça, o Palácio do Buriti, Ministérios, a Água Mineral, Rodoviária do Plano Piloto, Rodoferroviária de Brasília, como também postos de saúde e hospitais públicos.