Dois casos de pessoas atingidas por descargas elétricas de raios no fim de semana assustaram os morados do Distrito Federal. Em um deles, o empresário Alexandre Costa Gagliardi morreu depois que o raio atingiu uma área próxima ao cais em que se encontrava. No outro, o raio atingiu um campo de futebol feriu o funcionário público Marcelo Batista de Araújo.
Apesar dos dois casos em apenas um fim de semana, o DF está abaixo da média nacional na incidência desses fenômenos, mesmo com o grande aumento na densidade de raios nos últimos dois anos.
Segundo o coordenador do Grupo de Eletricidade Atmosférica do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Osmar Pinto Junior, um estudo comparou a densidade de raios dos anos de 2005 e 2006 com os de 2007 e 2008 e notou um aumento de 44%. Nos dois últimos anos a incidência foi de dois raios por quilômetro quadrado anuais. Cidades como Guarulhos (SP), por exemplo, tiveram densidade de 13 raios anuais por quilômetro quadrado.
Osmar explica que uma série de fatores contribuem para a maior incidência do fenômeno em uma região. Entres os principais estão a temperatura ; quanto mais quente, mais comuns são os raios ;, a umidade do ar, a circulação atmosférica, presença de cadeias montanhosas e proximidade com o mar. ;Quanto mais distante do mar, maior a incidência de raios, mas é preciso lembrar que é uma combinação de todos esses fatores que culminam na ocorrência das descargas.
Cuidados
Em dias com relâmpagos, procure abrigos em carros não conversíveis, ônibus ou outros veículos metálicos não conversíveis, em abrigos subterrâneos como metrôs e túneis, barcos ou navios metálicos fechados e em desfiladeiros ou vales. Isso porque o metal e pontos altos atraem as descargas. Durante a tempestade, por exemplo, deve-se evitar locais descampados, onde de acordo com Osmar, a pessoa será o ponto mais alto.
Se estiver dentro de casa, evite usar telefone, ficar próximo de tomadas e canos, janelas, portas metálicas e tocar equipamentos elétricos ligados à rede. E caso esteja na rua, evite segurar objetos metálicos longos, nadar ou ter contato com a água ou ficar em grupos.
Locais de risco
- topos de morros ou cordilheiras;
- topos de prédios;
- áreas abertas, campos de futebol ou golfe;
- estacionamentos abertos e quadras de tênis;
- proximidade de cercas de arame, varais metálicos, linhas aéreas e trilhos;
- proximidade de árvores isoladas;
- estruturas altas, tais como torres, linhas telefônicas e linhas de energia elétrica.