Jornal Correio Braziliense

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Tragédia em Goiânia: MPF vai investigar se avião deveria ter sido interceptado

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O Ministério Público Federal anunciou que vai investigar a atuação de órgão públicos federais no caso do homen que roubou um avião em Luziânia e o jogou sobre um estacionamento de shopping em Goiânia, matando ele e a filha de apenas 5 anos. Segundo o MPF a intenção é verificar se as orientações do código brasileiro de aeronáutica foram seguidas e se o avião deveria ter sido interceptado antes de chegar em Goiânia e cair. Uma das principais dúvidas do MPF é se houve negligência por parte de responsáveis pela segurança aérea, já que o piloto Kléber Barbosa da Silva, 31 anos, fez diversas manobras arriscadas antes de cair no estacionamento do shopping Flamboyant, em Goiânia (GO). Antes disso, a aeronave voou 180km, distância entre a capital goiana e Luziânia, município localizado no Entorno do Distrito Federal, sem qualquer autorização. Um dia após a tragédia que acabou com a morte de pai e filha, no entanto, a Aeronáutica admitiu que, ao saber do roubo do avião, cogitou a possibilidade de um ataque terrorista. Tanto que determinou o voo de um Mirage 2000 da base aérea de Anápolis (GO) para Brasília ; a principal missão do caça é proteger a capital do país. Assim, se a segurança nacional estivesse em perigo, o monomotor seria abatido a mísseis. A Força Aérea Brasileira (FAB) ainda divulgou o diálogo entre o piloto do Mirage e a torre de comando, em Brasília. Em um dos trechos, o comandante do avião se diz ciente de que há uma ;aeronave roubada, na localidade de Luziânia;. Logo em seguida, os radares descobrem que o monomotor seguia em direção a Goiânia. Os responsáveis pela operação enviam um Tucano. O segundo avião acompanhou de perto o veículo roubado no município goiano.