A governadora do Rio Grande do Sul Yeda Crusius (PSDB) divulgou, nesta terça-feira (17/02) nota de pesar sobre o falecimento de Marcelo Oliveira Cavalcante, 41 anos, ex-chefe do Escritório de Representação do seu governo em Brasília. Crusius lamentou "profundamente" a perda do ;companheiro leal e colaborador competente;.
Segundo a governadora, Marcelo dedicou boa parte da vida ao Rio Grande do Sul, seja na Câmara dos Deputados, ou no Governo do Estado. "Sua morte deixa uma lacuna irreparável entre os amigos e na família", diz ela no comunicado, que presta solidariedade aos parentes do falecido.
O corpo de Marcelo Oliveira Cavalcante foi encontrado boiando no Lago Paranoá, no lado direito da Ponte JK. Ele foi visto por populares por volta das 7h10 de hoje. A família já fez o reconhecimento.
Ele estava desaparecido desde o último sábado. Segundo amigos, o carro de Cavalcante foi encontrado no domingo, na ponte JK. A família havia registrado uma ocorrência de desaparecimento ontem à noite, na 10ª DP (Lago Sul).
A perícia vai apurar as causas da morte de Cavalcante, mas adiantou que o corpo não apresentava marcas aparentes, o que levanta a hipótese de afogamento. A polícia não descarta a possibilidade de suicídio.
Crise política
Cavalcante foi demitido do governo de Yeda Crusius no meio do ano passado, após a crise política agravada com a divulgação de grampos telefônicos feitos pela Polícia Federal de conversa gravada pelo vice-governador e inimigo político de Yeda, Paulo Feijó (DEM). Na gravação, o então chefe da Casa Civil, Cézar Busatto, reconhece o uso de estatais no financiamento de campanhas eleitorais.
O ex-chefe da Casa Civil, que não sabia que sua conversa com Feijó estava sendo gravada, menciona o PP e o PMDB --os maiores partidos da base de Yeda-- como beneficiários da prática em órgãos estatais que comandam o Banrisul (Banco do Estado do Rio Grande do Sul) e o Detran (Departamento Estadual de Trânsito).
Em novembro de 2007, a Polícia Federal deflagrou a Operação Rodin, revelando um rombo de R$ 44 milhões no Detran gaúcho. O empresário Lair Ferst foi acusado de ser um dos líderes do desvio de dinheiro.