São Paulo, SP (FolhaNews) - O ex-chefe do escritório de representação do Rio Grande do Sul em Brasília, Marcelo Oliveira Cavalcante, 41, foi encontrado morto na manhã desta terça-feira, segundo informações do Corpo de Bombeiros.
Os bombeiros informaram que ele foi encontrado às 6h40, afogado no lago Paranoá, em Brasília. A polícia investiga o caso, mas não descarta a hipótese de suicídio.
Cavalcante foi demitido do governo de Yeda Crusius (PSDB) no meio do ano passado, após a crise política agravada com a divulgação de grampos telefônicos feitos pela Polícia Federal e de conversa gravada pelo vice-governador e inimigo político de Yeda, Paulo Feijó (DEM), em que o então chefe da Casa Civil, Cézar Busatto, reconhece o uso de estatais no financiamento de campanhas eleitorais.
O ex-chefe da Casa Civil, que não sabia que sua conversa com Feijó estava sendo gravada, menciona o PP e o PMDB --os maiores partidos da base de Yeda-- como beneficiários da prática em órgãos estatais que comandam o Banrisul (Banco do Estado do Rio Grande do Sul) e o Detran (Departamento Estadual de Trânsito).
Em novembro de 2007, a Polícia Federal deflagrou a Operação Rodin, revelando um rombo de R$ 44 milhões no Detran gaúcho. O empresário Lair Ferst foi acusado de ser um dos líderes do desvio de dinheiro.